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Os países que integram o G7 concordaram hoje em adotar, a partir da próxima semana, novas sanções à Rússia devido à crise na Ucrânia, informou a Casa Branca em comunicado.

Segundo um responsável americano que pediu para não ser identificado, "cada país determinará que sanções concretas pretende impor, e as medidas serão complementares e coordenadas". "As sanções americanas poderão vigorar a partir da próxima segunda-feira", disse o funcionário.Segundo o anúncio, as novas sanções ocorrem após Moscou não ter encerrado seu apoio às milícias pró-russas no leste da Ucrânia e para garantir eleições pacíficas na ex-república soviética no dia 25 de maio.

O grupo saúda a "moderação" com a qual o novo governo de Kiev atua diante dos rebeldes armados pró-Rússia que ocupam prédios públicos no leste da Ucrânia, e critica Moscou por "não realizar qualquer ação concreta para aplicar o acordo de Genebra".

"Não apoiam publicamente o acordo e também não condenam as ações dos separatistas que tentam desestabilizar a Ucrânia, além de não convocar os militantes armados a abandonar pacificamente os prédios do governo. Ao contrário disto, continuam exacerbando as tensões com discursos preocupantes e manobras militares ameaçadoras na fronteira", destaca o comunicado sobre as autoridades em Moscou.

"Reafirmamos nossa firme condenação à tentativa ilegal da Rússia de anexar a Crimeia e Sebastopol, algo que não reconhecemos", prossegue o G7. "Agora, vamos concretizar as consequências práticas e jurídicas desta anexação ilegal, que não compreendem apenas as áreas econômica, comercial e financeira".

A declaração do grupo integrado por Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão ocorre horas após o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusar a Rússia de querer iniciar "uma terceira guerra mundial" ao apoiar a insurreição separatista no leste do país.

Mais cedo, o chanceler russo, Serguei Lavrov, acusou os ocidentais de "quererem se aproveitar da Ucrânia" para servir as suas "ambições geopolíticas, e não aos interesses do povo ucraniano".

As ameaças de sanções já têm causado mal estar na Rússia. A agência de classificação financeira Standard & Poor's rebaixou na sexta-feira a nota da dívida da Rússia de "BBB" para "BBB-" e manteve a perspectiva "negativa", em consequência da crise entre Rússia e Ucrânia.

A S&P destacou que pode reduzir novamente a nota da Rússia se observar o "aumento dos riscos para a solvência da Rússia, assim como um crescimento econômico muito mais frágil que o previsto". A agência destaca que o crescimento econômico russo caiu a 1,3% em 2013, "o menor nível desde 1999".

Frente a uma queda do rublo e a uma aceleração da inflação, o Banco Central russo aumentou em 7,5% sua taxa básica de juros.

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