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Ao ceder os direitos de seu romance mais recente, o polêmico Memória de Minhas Putas Tristes (foto), ao cinema, o escritor colombiano Gabriel García Márquez se tornou alvo do combate à prostituição infantil.

A ONG Coalizão Regional Contra o Tráfico de Mulheres e Meninas na América Latina e Caribe (CATW-LAC) anunciou que denunciará o prêmio Nobel de Literatura, autor dos romances Amor nos Tempos de Cólera e Cem Anos de Solidão, por apologia à prostituição de crianças latino-americanas, de acordo com a diretora da entidade, Teresa Ulloa.

O protagonista de Memória de Minhas Putas Tristes é um jornalista nonagenário que passou a vida entretido em prostíbulos. Sentindo a proximidade da morte, ele se decide a realizar um último desejo: "Ao cumprir 90 anos, quis me presentear uma noite de amor louco com uma adolescente virgem", avisa na frase de abertura. Diante da garota escolhida, nua e adormecida, contudo, o homem contém os avanços sexuais e se apaixona pela primeira vez.

A acusação da ONG é que, ao permitir a transposição da história para o cinema, García Márquez massifique a mensagem da prostituição tratada de modo poético, natural e lícito.

"O suposto filme faria uma apologia da prostituição infantil, corrupção de menores e violação de uma menina de 14 anos. Isso coloca em grave risco todas os meninos e meninas pobres da América Latina e Caribe", justificou Teresa Ulloa.

Ainda em fase de pré-produção (seu lançamento está previsto para novembro de 2010), o filme será dirigido pelo dinamarquês Hen­­ning Carlsen, e protagonizado pe­­lo ator mexicano Damián Alcázar.

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