O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Salam Fayad, afirmou nesta terça-feira (7) que a faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, está cada vez mais isolada dos outros territórios palestinos devido à briga política entre a agremiação e o Fatah, que comanda a Cisjordânia. "Cada dia que passa sem medidas práticas para a reconciliação, Gaza se transforma em uma entidade diferente. Não é um território soberano, mas unicamente uma entidade distinta. Não há Estado palestino sem a faixa de Gaza", afirmou o chefe de governo. De acordo com Fayad, a criação de um Estado palestino responde aos interesses de Israel porque as projeções demográficas indicam que, na situação atual, os judeus seriam minoria em 2020 na chamada Palestina histórica, que compreende o atual Estado de Israel e os territórios da Cisjordânia e de Gaza. A intenção dos palestinos é criar um Estado com as fronteiras definidas após a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Os judeus também reivindicam o território, que seria chamado de Eretz Israel.

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De acordo com as estatísticas oficiais, há em Israel 5,9 milhões de judeus, 1,6 milhão de árabes israelenses, 2,6 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e 1,6 milhão na faixa de Gaza.

Justiça

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O isolamento de Gaza aumentou hoje após a Corte Suprema de Israel proibir que os muçulmanos do território ocupado por palestinos rezem em locais sagrados de Israel e da Cisjordânia. Os cristãos que residem na região poderão continuar a rezar.

O veredicto foi tomado após o tribunal recusar uma apelação feita por seis muçulmanas de Gaza e impugnar a decisão do tribunal de Beersheba, que havia negado a intervir contra a política. As seis mulheres foram proibidas de entrar na mesquita de Al Aqsa, de Jerusalém Oriental, o terceiro lugar sagrado do Islã, para fazer suas orações durante um feriado islâmico. As autoridades israelenses alegam motivos de segurança para impor as restrições de acesso.