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América Latina está mais vulnerável

Uma revisão das implicações do aumento do nível do mar pegou de surpresa especialistas das Américas do Norte e do Sul. Até agora, o continente não era visto como área de risco por causa das elevações do nível da água. Uma nova pesquisa divulgada em Copenhague, no mês passado, porém, revela que a região também é bastante vulnerável.

Partes do México e do Equador, e também cidades dos estados de Nova Iorque e Flórida, nos EUA, estão na lista das consideradas de maior risco.

"Uma elevação de um metro vai modificar irreversivelmente a geografia de áreas costeiras da América Latina", disse à rede britânica BBC Walter Vergara, perito do Banco Mundial para mudanças climáticas na região. "Por exemplo, uma elevação de um metro inundaria uma área costeira da Guiana onde estão 70% da população e 40% das terras aráveis. Isto implicaria uma grande reorganização da economia do país", completou.

Da Redação

      Washington - As geleiras do Ártico estão cada vez mais frágeis devido ao aquecimento global. A espessura das placas de gelo e sua extensão no inverno estão diminuindo desde as primeiras análises de satélite, em 1979.

      A calota glacial no inverno é composta atualmente em 70% por geleiras sazonais –geleiras de pequena espessura que derretem durante o verão e se formam novamente todo ano.

      Este nível jamais foi detectado: a proporção era de 40 a 50% durante os anos 80 e 90, de acordo com um relatório do Centro Nacional Americano da Neve e do Gelo (NSIDC), em Boulder, Colorado.

      A geleira mais espessa (acima de 2,74 metros), que se mantém por pelo menos dois verões, representa apenas 10% de todo o gelo hibernal, ou seja, uma diminuição de 30 a 40%, indicaram os autores desta pesquisa.

      Até 2007, era difícil medir a espessura da calota glacial ártica, e os cientistas recorriam à idade da geleira para obter uma estimativa aproximada.

      Em 2008, uma equipe de pesquisadores do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa, elaborou o primeiro mapa em três dimensões da Bacia Ártica, permitindo obter medidas precisas da espessura das geleiras em todos os pontos.

      Utilizando os dados do satélite ICESat da Nasa de 2005 e 2006, eles conseguiram calcular a espessura e o volume das geleiras árticas que, no inverno, contêm água suficiente para encher dois dos grandes lagos norte-americanos, o lago Michigan e o lago Superior.

      Em termos de superfície, o tamanho da Calota Polar Ártica foi nesse inverno o quinto menor desde 1979. Nos seis últimos anos (2004–2009), a superfície máxima das geleiras no inverno ficou menor, destacou Charles Fowler, um especialista no estudo das geleiras da Universidade de Boulder (Colorado), chefe da equipe de cientistas que elaborou o relatório.

      No dia 28 de fevereiro, a Calota Ártica media 15,2 milhões de km2, ou seja, 720 mil km2 a menos, em média, do que a superfície hibernal entre 1979 e 2000.

      Até uma data recente, a maior parte das geleiras árticas sobrevivia por pelo menos um verão e, frequentemente, durante anos passando pela estação. Mas essa situação mudou rapidamente desde o início desta década.

      "A extensão da geleira é uma medida importante de solidez da Calota Polar Ártica, mas oferece apenas uma visão bidimensional", ressaltou Walter Meier, pesquisador do NSIDC. "A espessura da geleira é um índice também essencial, sobretudo durante o inverno, já que ela indica a solidez da calota. A geleira diminui no verão e derrete mais facilmente se estiver menos espessa", acrescentou.

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