• Carregando...

A Coréia do Norte provavelmente vai testar outro artefato nuclear, disse na terça-feira o comandante militar norte-americano na Coréia do Sul, sem comentar rumores de que tal explosão seria iminente.

Autoridades sul-coreanas dizem que foi detectada uma movimentação perto de um suposto local de testes nucleares, mas não há sinais de que Pyongyang pretenda realizar o exercício em breve. O primeiro teste nuclear norte-coreano foi em outubro.

``Não há razão para acreditar que, em algum momento no futuro, quando servir aos seus interesses, eles não vão testar outra (bomba atômica)'', disse o general B.B. Bell em entrevista coletiva, na qual acrescentou que não ia divulgar informações militares sobre o tema.

O general afirmou que as forças norte-americanas e sul-coreanas têm plenas condições de conter uma agressão norte-coreana. A Coréia do Norte diz que seu recém-obtido arsenal nuclear servirá contra uma eventual agressão dos EUA - que Washington nega ter intenção de provocar.

No mês passado, foram retomadas em Pequim as negociações multilaterais destinadas a convencer Pyongyang a abandonar as armas nucleares, em troca de garantias de segurança e incentivos econômicos. Houve poucos progressos desde então.

Bell disse que as forças dos EUA manterão o exercício militar conjunto anual com tropas sul-coreanas que envolve o transporte de soldados e armamentos para a Coréia do Sul. A Coréia do Norte diz que esse exercício, realizado há anos, é um preparativo para uma invasão e uma guerra nuclear. ``O exercício agendado não é provocativo de forma alguma. É um exercício dissuasório rotineiro'', afirmou Bell.

Ele também cobrou mais investimentos de Seul para manter a prontidão de suas forças e acelerar a transferência do contingente norte-americano de um importante quartel em Seul para uma base mais ao sul.

Além disso, os dois países precisam implementar o acordo pelo qual, entre 2009 e 2012, Seul assumirá o comando operacional em situação de guerra das suas tropas, alterando um acordo que remonta à Guerra da Coréia (1950-53).

Bell disse que a mudança pode ocorrer já em 2009, enquanto o governo sul-coreano prefere que seja mais para 2012.

Os EUA mantêm cerca de 30 mil soldados na Coréia do Sul para apoiar os cerca de 670 mil militares do país. A Coréia do Norte tem cerca de 1,2 milhão de soldados, a maioria estacionados perto da fronteira entre as duas Coréias.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]