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Cientistas conseguiram seqüenciar em laboratórios na Alemanha e nos Estados Unidos fragmentos genéticos de uma espécie extinta, o homem de neandertal, o mais próximo parente que o ser humano já teve.

O feito promete aumentar o conhecimento sobre a evolução do homem moderno e o surgimento das características que nos tornam únicos.

Por trás da empreitada está a obstinação do sueco Svante Päabo. O grupo dele, do Instituto de Antropologia Evolutiva Max-Planck, em Leipzig (Alemanha), publica na "Nature" uma técnica que permitiu seqüenciar um milhão de pares de base de DNA de neandertal. Päabo analisou fragmentos genéticos extraídos de um osso fossilizado de um neandertal de 38 mil anos, descoberto em Vindija, na Croácia. Amostras do mesmo fóssil foram a base do estudo do outro grupo que também seqüenciou o DNA neandertal, o de Edward Rubin, do Lawrence Berkeley National Laboratory, nos EUA, cuja pesquisa aparecerá na "Science" desta semana.

Os dois grupos testaram duas técnicas com o mesmo objetivo. A equipe americana seqüenciou 65 mil pares de bases. Embora esse número seja muito menor, a segunda técnica tem a vantagem de oferecer mais precisão na identificação de trechos de DNA. Qual das duas será melhor para investigar a pré-história só novas pesquisas revelarão.

Estudos já permitiram mostrar que seres humanos modernos e neandertais se tornaram espécies distintas entre 350 mil e 500 mil anos atrás. Outra conclusão é que se humanos e neandertais cruzaram e tiveram filhos essa herança genética mista não foi adiante e nenhuma contribuição deu a nossa espécie. Homens e neandertais compartilham 99,5% de seu genoma.

O homem de neandertal (Homo neanderthalensis) surgiu há cerca de 500 mil anos e povoou partes da Europa e da Ásia. Ele está extinto há aproximadamente 30 mil anos. Os primeiros fósseis foram descobertos numa caverna do Vale do Neander, na Alemanha.

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