Jared Kushner, genro do presidente americano, Donald Trump| Foto: YURI GRIPAS/AFP

Jared Kushner, genro e assessor próximo do presidente americano, Donald Trump, reconheceu nesta segunda-feira (24) que se reuniu quatro vezes com funcionários russos durante a campanha eleitoral de 2016, mas negou qualquer complô orquestrado para levar seu sogro à Casa Branca.

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Em audiência no Comitê de Inteligência do Senado, Kushner afirmou que todas as suas ações foram corretas e que ocorreram no "curso normal dos eventos de uma campanha".

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"Deixem-me esclarecer: eu não estive em conluio com a Rússia e não sei de ninguém da campanha que tenha feito isto. Não mantive nenhum contato inadequado", afirmou Kushner, acrescentando que as gravações e documentos apresentados provam que não houve trama com o Kremlin.

Após a audiência, Kushner afirmou que Trump derrotou a democrata Hillary Clinton pelos seus méritos, e não com o auxílio de interferências externas. Segundo ele, o presidente dos EUA "passou uma mensagem melhor e executou uma campanha mais inteligente".

"Sugerir qualquer outra coisa é ridicularizar quem votou nele", disse.

Mais cedo, Jared enviou comunicado à imprensa descrevendo contatos com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak, e com outros funcionários russos como algo normal dado o seu papel de mediador da campanha de Trump com os governos estrangeiros.

Jared é interrogado também por se reunir com um banqueiro russo.

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"Eu não dependi de recursos russos para financiar minhas atividades comerciais no setor privado", disse no comunicado.

Kushner enfrenta nesta semana dois dias de interrogatórios a portas fechadas pelo Congresso norte-americano para determinar se a campanha de Trump recorreu à ajuda da Rússia para conquistar a Casa Branca na eleição do ano passado.

O genro e assessor de Trump responde também a perguntas sobre a reunião com a advogada russa Natalia Veselnitskaya. No encontro, Kushner estava acompanhado pelo filho do presidente dos EUA, Donald Trump Jr.

Nesta terça (25), Kurshner deve enfrentar novas perguntas sobre seus contatos com cidadãos e autoridades russas quando testemunhar ao Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados.