• Carregando...
Explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 2010, provocou um grande vazamento | Creative Commons
Explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 2010, provocou um grande vazamento| Foto: Creative Commons

Fauna

Golfinhos, tartarugas e peixes são espécies mais prejudicadas

Efe

Cientistas apontam que aproximadamente 900 golfinhos foram encontrados encalhados ou mortos durante os últimos quatro anos e alertam que, ainda em 2013, a quantidade de restos mortais de animais dessa espécie era o triplo dos níveis frequentes. De acordo com o relatório, os golfinhos também ficaram com problemas pulmonares incomuns e danos no sistema imunológico.

Mas eles não são a única espécie com dificuldades no Golfo do México. O grupo explica que encontra 500 tartarugas marinhas mortas por ano desde a explosão, detecta ritmos cardíacos irregulares em alguns tipos de atum, acha afetações genéticas nos cachalotes e a reprodução das ostras ficou parcialmente afetada.

A tragédia também deixou marcas nos moradores das zonas afetadas, não só pela morte de 11 empregados na explosão, mas pelos efeitos dos gases na saúde e o fim de postos de trabalho em localidades onde o petróleo, a pesca e o turismo eram essenciais.

Os setores de ostra e marisco foram totalmente afetados e aumentaram os casos de desempregados, de negócios fracassados e de redução de jornadas de trabalho.

14 espécies foram afetadas pelo vazamento de combustível derivado do petróleo, segundo um relatório divulgado pelo organismo National Wildlife Federation. Segundo o órgão, as consequências ainda são muito palpáveis e podem perdurar anos, até décadas.

Quatro anos depois do vazamento de petróleo no Golfo do México, a região costeira do sul dos Estados Unidos se recupera a partir de bilhões de dólares investidos, mas a fauna ainda carrega os efeitos sociais e sequelas do desastre.

Considerado o maior vazamento da história, a catástrofe começou com a explosão e o afundamento, em 20 de abril de 2010, de uma plataforma petrolífera da companhia BP, chamada Deepwater Horizon. Na ocasião, 11 trabalhadores morreram.

Durante 87 dias, a plataforma derramou 757 milhões de litros de petróleo, conforme dados oficiais, e as regiões mais afetadas foram os estados de Louisiana, Mississipi, Alabama, Flórida e Texas.

A BP, para quem o vazamento representa um de seus maiores problemas, explicou na última semana que investiu nos últimos quatro anos um total de US$ 14 bilhões. Com isso, a companhia diz ter limpado mais de 1,2 mil quilômetros de costa, gerado 70 milhões de horas de trabalho e promovido tanto projetos de limpeza quanto de restauração do meio ambiente.

Divergências

"Embora a limpeza já tenha terminado, manteremos recursos na região para responder com rapidez caso se identifique petróleo que precise ser removido", garantiu em comunicado a vice-presidente executiva da BP em meio ambiente, Laura Folse. No entanto, a Guarda Costeira americana garantiu que as operações de recuperação não foram concluídas.

Christopher Reddy, da ins­­tituição Woods Hole Ocea­­no­­graphic, conta que ficaram restos em pontos específicos do Golfo, como depósitos de petróleo ou combustível derivado misturado com areia, mas disse ter visto uma recuperação progressiva durante os últimos qua­­tro anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]