O governador da Flórida, Rick Scott, assinou nesta terça-feira (1º) uma lei que proíbe organismos públicos do estado americano de fecharem contratos com empresas que negociem com Cuba e Síria.
A assinatura ocorreu em uma cerimônia com a presença de legisladores de origem cubana, representantes de exilados, assim como René García e Michael Bileca, que promoveram a iniciativa.
"Os Governos de Cuba e Síria são vistos pelos Estados Unidos como impulsionadores do terrorismo, portanto, os fundos dos contribuintes da Flórida não deveriam incentivá-los", disse Scott ao assinar a lei.
O ato, celebrado na Torre da Liberdade de Miami, foi carregado de simbolismo. O prédio é considerado como um monumento à imigração cubana, já que no local foram recebidos os primeiros exilados fugidos da ilha.
"O histórico vergonhoso dos Governos dos irmãos Castro e de Bashar al-Assad é inegável: oprimem brutalmente o povo, apoiam o terrorismo internacional e pretendem prejudicar os interesses dos Estados Unidos", argumentou Scott.
Na opinião do governador, a nova lei, que entrará em vigor em 1º de julho, pretende evitar que contribuintes financiem sem querer ditaduras. "É imprescindível que a Flórida e Estados Unidos sigam fazendo pressão econômica sobre eles", insistiu o Scott, convencido que a norma demonstra o "compromisso" com a liberdade econômica e política em Cuba e na Síria.
O texto foi proposto em fevereiro e aprovado pelo poder legislativo da Flórida com apoio praticamente unânime. No entanto, recebeu diversas críticas de autoridades do Canadá e Brasil.
A lei também estabelece medidas que prevêem ruptura de contratos vigentes se for descoberto que a empresa tenha operações comerciais com Cuba ou Síria.
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