• Carregando...

O governo argentino anunciou nesta terça-feira (28) a intervenção estatal das concessões das linhas de trem Sarmiento e Mitre, em poder da empresa Trens de Buenos Aires (TBA). A medida foi confirmada pelo ministro do Planejamento, Julio De Vido, e pelo Secretário de Transportes, Juan Pablo Schiavi, quase uma semana após o trágico acidente da estação de Once da linha Sarmiento, que matou 51 pessoas e deixou 700 feridos.

Na noite de terça-feira da semana passada (21), a presidente Cristina Kirchner se referira pela primeira vez à tragédia e dissera que "não me tremerá o braço na hora de adotar qualquer decisão". No mesmo discurso, a presidente solicitou à Justiça que acelere os tempos das investigações sobre uma das maiores tragédias ferroviárias da História do país.

O governo pretende que os tribunais locais determinem rapidamente os responsáveis pelo acidente que colocou em xeque a política de transportes do governo Kirchner. Nos últimos dias, importantes dirigentes da oposição acusaram o governo de não controlar as concessões ferroviárias, e foram revelados documentos oficiais que alertaram sobre problemas nas linhas Sarmiento e Mitre, elaborados há mais de dois anos. "O governo sabia de tudo e nunca fez nada", disse o peronista Alberto Fernández.

Na visão de Fernández, que durante quatro anos foi chefe de gabinete do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), "a presidente está muito mal informada e isso a leva a cometer erros gravíssimos".

Segundo explicou o ministro De Vido, um dos homens mais poderosos do gabinete de Cristina, a intervenção durará 15 dias. De acordo com o documento divulgado nesta terça pelo governo, o objetivo da intervenção é "adotar medidas preventivas e provisórias para preservar o serviço da linha Sarmiento". "Pedimos a ajuda e compreensão dos usuários, já que teremos menos trens operando e mudanças de horários", declarou Schiavi.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]