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O governo da China negou ter participado de um ataque recente de hackers contra usuários do serviço de e-mail do Google, o Gmail, embora nas últimas semanas Pequim tenha reconhecido que tem tomado mais ações para o monitoramento cibernético por questões de defesa doméstica, informou o jornal Wall Street Journal.

Esse foi pelo menos o terceiro episódio desde o início do ano passado que o Google afirmou que a China é a origem de distúrbios em suas operações. A empresa disse nesta semana que hackers que operam no nordeste chinês estiveram por trás das tentativas de infiltração nas contas de centenas de usuários do Gmail, dentre eles funcionários do governo dos Estados Unidos, do Exército, jornalistas e ativistas.

As vítimas foram induzidas a compartilhar suas senhas com "maus atores" baseados na China, afirmou o Google numa declaração publicada em um blog. Os atacantes foram capazes de ler e enviar e-mails das contas das vítimas.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei, respondeu hoje, dizendo que tais afirmações são "inaceitáveis". "Dizer que o governo chinês apoia a atividade de hackers é uma total invenção", disse ele durante uma coletiva de imprensa.

Embora o Google tenha dito que os ataques vieram da China, a empresa não mencionou a possibilidade do envolvimento do governo chinês. A China afirma que os usuários de internet são as maiores vítimas do mundo virtual.

O Google, que culpou a China por um ataque a sua rede de computadores em 2010, afirmou que descobriu recentemente uma campanha que "parece ter origem em Jinan" e tem como alvo indivíduos específicos.

Em Washington, o Escritório Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) e o Departamento de Segurança Interna disseram que estavam investigando os ataques. "Nós estamos cientes do anúncio do Google sobre as tentativas de obtenção de senhas e acesso a essas contas", ressaltou um porta-voz do FBI. "Estamos trabalhando com o Google para analisar o assunto".

Jinan, uma grande cidade a cerca de 250 quilômetros ao sul de Pequim, é o lar de escritórios técnicos do Exército de Libertação do Povo Chinês, que servem como braços de uma equivalente chinesa à Agência de Segurança Nacional, de acordo com um relatório de 2009 de uma comissão criada pelo Congresso dos EUA para estudo da China.

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