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Brasília - O ministro das Cooperativas do Irã e assessor especial do presidente Mahmoud Ahmadinejad para a América Latina, Moham­­mad Abbasi, pediu ontem que fosse transmitido à presidente Dilma Rousseff um convite para visitar o país persa neste ano. O pedido ocorreu em reunião com o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

"Nós a convidamos para ir em setembro, mas depende dela", disse o embaixador do Irã no Bra­­sil, Mohsen Shaterzadeh.

Na conversa, dois temas polêmicos foram tratados pelo governo brasileiro: o caso da iraniana Sakineh Ashtiani e o programa nuclear do país. Ashtiani, 43 anos, foi condenada à morte por apedrejamento, acusada de participação no homicídio do marido e de ter cometido adultério.

"Eu mencionei que havia da parte da sociedade brasileira uma sensibilidade muito grande para os temas relacionados com direitos humanos", disse Garcia.

Caso Sakineh

Perguntado sobre a reação dos iranianos, respondeu: "Foi uma reação filosófica. Chegamos à con­­clusão de que é uma discussão interessante e que devemos continuar fazendo, mas achei que os nossos interlocutores ou­­viram e tomaram nota. Quando se toma nota, na diplomacia, é uma boa coisa", concluiu o as­­sessor.

Na primeira entrevista após sua eleição, Dilma endossou críticas ao Irã por violações de direitos humanos, incluindo a condenação por apedrejamento de Sa­­kineh.

Ao deixar a reunião com Gar­­cia, o embaixador Shaterzadeh disse que o caso Sakineh não ha­­via sido tratado na reunião e que o apedrejamento da iraniana "não é assunto nosso", referindo-se ao governo iraniano.

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