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Autoridades iranianas vão soltar o reformista Saeed Hajjarian, informou o judiciário do país nesta quarta-feira (29), mais de seis semanas após ele ter sido preso com centenas de outros manifestantes após a contestada eleição presidencial da República Islâmica.

Se isso de fato acontecer, a libertação de Hajjarian será o último reflexo do mal-estar entre as autoridades sobre os relatos de maus tratos aos presos desde a votação. Ao menos dois presos jovens morreram em custódia.

"O ativista político Hajjarian, que foi detido nos protestos pós-eleitorais, será solto hoje", disse o judiciário em comunicado. "Sua soltura acontece com base em ordens recentes do chefe do judiciário."

O principal juiz do Irã, aiatolá Mahmoud Hashemi-Shahroudi, pediu ao judiciário na segunda-feira (27) para rever os casos das pessoas que ainda estavam presas desde a eleição de 12 de junho, que levou o Irã à maior crise interna em 30 anos após a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Hajjarian, de 55 anos, é aliado do ex-premiê Mirhoussin Mousavi, um moderado que afirma ter sido derrotado na eleição porque o pleito foi fraudado em favor do linha-dura Ahmadinejad.

As autoridades do país negam as acusações e o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, endossou a reeleição de Ahmadinejad.

Na terça-feira (28), Khamenei ordenou o fechamento do centro Kahrizak, em Teerã, onde outros presos estavam detidos desde a eleição. No mesmo dia, outras 140 pessoas detidas no presídio Evin foram soltas após o pagamento de fianças.

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