Irã rejeitou na quarta-feira (29 os comentários "irrealistas e não construtivos" do presidente americano Barack Obama, que declarou que as sanções internacionais impulsionaram Teerã a negociar um acordo nuclear com as grandes potências.

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A República Islâmica desmente regularmente que as sanções que atingem gravemente sua economia tenham tido um impacto nas negociações, que estiveram bloqueadas durante anos.

O atual governo de Hasan Rowhani atribui a crise econômica à má gestão da administração precedente, de Mahmud Ahmadinejad.

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Em 2013, o ex-presidente iraniano Ahmadinejad havia admitido que as sanções criavam problemas na economia, seriamente afetada por um embargo petroleiro e bancário decretado em 2012 pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

"A ilusão de que as sanções tiveram um efeito sobre a motivação do Irã para (realizar) as negociações está sustentada em um falso relato da história", afirmou a porta-voz da diplomacia iraniana, Marzieh Afkham, citada no site da rádio-televisão Irib.

"É uma interpretação completamente falsa do interesse de Teerã em um novo tipo de relações com os países ocidentais", acrescentou. Ela ainda pediu que os Estados Unidos implementem sua parte do acordo para suavizar sanções contra o Irã.

O Irã e as grandes potências reunidas no grupo chamado 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha) alcançaram no dia 24 de novembro um acordo interino de seis meses, que congela certas atividades nucleares sensíveis do Irã em troca de um levantamento parcial das sanções ocidentais.

Este primeiro acordo entrou em vigor no dia 20 de janeiro e as discussões devem ser retomadas em meados de fevereiro em Nova York para tentar alcançar um pacto global que garanta que o objetivo do programa nuclear iraniano seja exclusivamente civil e pacífico.

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