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A professora universitária Kylie Moore-Gilbert, detida no Irã em 2018 (Foto: Reprodução/Australia Department of Foreign Affairs and Trade)
A professora universitária Kylie Moore-Gilbert, detida no Irã em 2018 (Foto: Reprodução/Australia Department of Foreign Affairs and Trade)| Foto:

O Irã libertou a acadêmica britânico-australiana Kylie Moore-Gilbert em troca de três iranianos detidos no exterior, informou na quarta-feira (25) a televisão pública do país.

Professora de Estudos Islâmicos da Universidade de Melbourne, Moore-Gilbert foi detida no país em 2018 depois de participar de um congresso em Teerã. Ela foi condenada, em um julgamento secreto, a 10 anos de prisão por espionagem, mas sempre negou as acusações. Recentemente, ela havia sido transferida a uma das piores prisões femininas do mundo.

"Um empresário e [outros] dois cidadãos iranianos detidos no exterior (...) foram libertados em troca da espiã com dupla cidadania que trabalhava para Israel", informou o site da estação de televisão Iribnews.

A imprensa iraniana não deu detalhes adicionais sobre a troca, mas postou um vídeo no qual dois homens são recebidos com honras por funcionários do governo, além de imagens de uma mulher com véu, que parece ser Moore-Gilbert, a bordo de um veículo.

A troca de prisioneiros aconteceu cinco meses depois que o Irã libertou um veterano da Marinha americana, Michael R. White, como parte de uma troca de prisioneiros.

O Irã tem uma longa história de detenção de cidadãos estrangeiros e de dupla nacionalidade sob acusações falsas de espionagem e de trocá-los por iranianos encarcerados no exterior - especialmente aqueles acusados e ajudar o Irã a violar as sanções.

"O Irã tem usado a tomada de reféns como uma ferramenta de governo por quatro décadas. Os Guardas Revolucionários acreditam que dá resultados", disse Karim Sadjadpour, um membro sênior do programa para o Oriente Médio no Carnegie Endowment for International Peace. "Entre as tragédias do Irã moderno está uma sociedade que é famosa por sua hospitalidade para com os estrangeiros e um regime que os vê como ativos potenciais a serem negociados".

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