O governo francês anunciou nesta segunda-feira (15) que manterá a proibição da venda e uso da maconha, no dia seguinte que seu ministro da Educação, Vincent Peillon, defendeu o debate de sua descriminalização.
A proposta de Peillon, que disse que suas declarações do domingo (14) eram uma "reflexão pessoal", foi rejeitada pelo governo em entrevista à imprensa.
O ministro defendeu no domingo em declarações a vários meios de imprensa franceses pelo lançamento na França de um debate sobre a descriminalização da maconha, cuja venda e uso são proibidos e penalizados com até um ano de prisão e 3.750 euros de multa.
"É uma pergunta que vale a pena ser feita e às vezes me surpreende muito o pequeno atraso da França em um assunto que considero de importância", declarou o ministro de Educação.
Na oposição, a reação do secretário-geral da conservadora UMP, Jean-François Copé, foi pedir "solenemente" ao presidente, François Hollande, que se pronunciasse para se adentrar no debate.
Na legenda Europa-Ecologia Os Verdes, que faz parte do Governo, a deputada Denis Baupin comemorou a "coragem" do ministro da Educação por ter aberto o debate.
Tanto Hollande como o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, se manifestaram contra a possibilidade de proceder à descriminalização da maconha e assim o disseram tanto na campanha pela Presidência como após a vitória eleitoral do socialista no dia 6 de maio.
- Estudo aponta que uso de maconha na adolescência pode reduzir QI
-
Energia nuclear “de bolso”: Brasil quer testar pequenos reatores, a nova aposta do setor
-
Tarcísio investe no controle de gastos e se diferencia de Lula em uma eventual disputa
-
Marcha para Jesus tem carta de Lula e Caiado falando em resgatar o país
-
A magistocracia: Lula ressuscitará “saidinhas” e crime de “fake news” no STF