A empresa operadora da usina nuclear de Fukushima ficou mais perto de resolver a crise radiativa no local, ao inaugurar nesta segunda-feira (27) um sistema de refrigeração dos reatores danificados pelo terremoto e tsunami de março.

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O novo sistema também poderá evitar o despejo de águas contaminadas no Pacífico. A notícia foi saudada como "um gigantesco passo à frente" por Goshi Hosono, assessor do primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan.

"Isso é importante em dois aspectos", disse Hosono a jornalistas. "Primeiro, o sistema irá resolver o problema da água contaminada, o que causou todo tipo de preocupação ao mundo. Segundo, permitirá um resfriamento estável dos reatores."

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A empresa Tepco, que opera a usina, já estava ficando sem espaço para armazenar a enorme quantidade de água radiativa acumulada nos trabalhos de resfriamento dos reatores nos últimos meses. O novo sistema descontamina a água e faz com que ela circule para ajudar a reduzir as temperaturas do reator. Mesmo assim, a expectativa é de que só em janeiro a situação estará estabilizada.

Mais de 100 mil toneladas de água já foram contaminadas no processo, e outras 150 mil toneladas ainda podem ser afetadas. Em abril, a Tepco precisou jogar água com baixo teor radiativo no mar, para ter espaço para guardar água com nível mais alto de radiação. A decisão enfureceu países próximos, como China e Coreia do Sul.

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