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O regime sírio rejeitou nesta quarta-feira (10) a proposta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de declarar um cessar-fogo unilateral e condicionou uma eventual trégua ao fim das ações de violência dos insurgentes.

Em declarações coletadas pela agência oficial síria, Sana, o porta-voz do Ministério sírio das Relações Exteriores, Jihad Maqdesi, denunciou que nas tréguas feitas anteriormente pelo regime, a insurgência aproveitou para "ampliar seu envio de armas para algumas regiões".

Por isso, Maqdesi disse que pediram a Ban que envie primeiro delegados aos países que "financiam, armam e treinam esses grupos armados, especialmente a Arábia Saudita, o Catar e a Turquia", a fim de que esses estados intermedeiem para que os rebeldes deem fim à violência.

"Esses países devem mostrar seu compromisso com a suspensão dessas ações, já que têm influência sobre os grupos armados para que estes cessem a violência", acrescentou o porta-voz.

Ban disse ontem em Paris que havia feito o governo sírio compreender que "deve declarar um cessar-fogo unilateral imediatamente".

Nesse sentido, Maqdesi alegou que, nas conversas com o secretário-geral da ONU, Damasco o lembrou que já aplicaram um cessar-fogo em duas ocasiões, a segunda delas em 12 de abril - de acordo com o plano do então mediador para a Síria, Kofi Annan -, mas que as tréguas foram violadas pela insurgência.

"Os grupos armados aproveitaram o compromisso do governo sírio para ampliar seu envio de armasa em algumas regiões e se multiplicaram as perdas humanas entre civis e militares devido às operações terroristas desses grupos", ressaltou.

Segundo Maqdes, o objetivo de uma trégua é lançar um diálogo político e "não golpear a estabilidade síria".

O porta-voz das Relações Exteriores disse que depois que os delegados intermediarem na Arábia Saudita, Catar e Turquia, os resultados deverão ser informados às sutoridades sírias, para que essas as estudem e adotem as medidas necessárias.

Durante as duas tréguas declaradas desde o início da crise, em março de 2011, ambos os grupos se acusaram mutuamente de violar o cessar-fogo.

O conflito sírio já deixou cerca de 25 mil mortos, enquanto 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária e mais de 250 mil se refugiaram nos países vizinhos, segundo as Nações Unidas.

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