Paula Oliveira, em foto de antes da suposta agressão: polícia questiona gravidez| Foto: Divulgação/AFP

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira (18) que o governo precisar dar atenção e apoio à brasileira Paula Oliveira, que diz ter sido agredida na Suiça e é investigada no país. Amorim classificou como "boato" a afirmação de que o governo brasileiro poderia ajudar Paula a fugir da Suíça.

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"Temos que dar atenção e apoio à nossa concidadã, a brasileira que está na Suíça, dentro das normas internacionais normais", disse o ministro.

Ele afirmou não ter sido informado sobre a investigação aberta contra Paula e negou que exista intenção do governo de ajudá-la a fugir da Suíça. "Não tenho como comentar [a investigação] porque não sei. Tem muito boato sobre este caso, teve até o boato de que nós estariamos ajudando ela a fugir, jornais sérios publicaram isso".

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Amorim negou que o governo tenha se precipitado e confirmado a versão da brasileira de que teria sido agredida por neonazistas. "Nao houve antecipação da defesa. Manifestamos o desejo de que houvesse uma apuração, tivemos contato constante, meu gabinete teve contato constante com gabinete da ministra de relações exteriores da Suíca e eles garantiram que haveria apuração. É isso que está acontecendo".

Paula deixou o hospital nesta terça-feira (17) e, nessa quarta-feira, virou alvo de investigação do Ministério Público de Zurique. Ela afirmou ter sido agredida por skinheads, ter sofrido ferimentos no corpo com as siglas do Partido do Povo Suíço e, em consequência disso, ter sofrido aborto de dois filhos gêmeos que esperava. A investigação preliminar da polícia suíca, no entanto, duvida da versão de Paula, negando sua gravidez e levantando a hipótese de automutilação.

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