Manifestante pede a retirada da bandeira confederada do Capitólio da Carolina do Sul| Foto: BRIAN SNYDER/REUTERS

As principais redes varejistas e de comércio eletrônico dos EUA anunciaram a suspensão da venda da bandeira de guerra da Confederação sulista (1861-1965), símbolo do período escravagista usado por grupos racistas até hoje.

CARREGANDO :)

Depois do anúncio feito pelo Walmart na segunda (22), Amazon, eBay, Sears e Etsy decidiram nesta terça também suspender a venda do produto.

Universidade do Texas analisa retirar estátua de presidente dos estados confederados na Guerra Civil

Monumento a Jefferson Davis é considerado uma ofensa a alunos negros. Confederação defendia itens como a escravidão

Leia a matéria completa
Publicidade

Os anúncios ocorrem dias depois de o jovem branco Dylann Roof ter matado a tiros nove fiéis negros em um ataque a uma igreja em Charleston, segunda maior cidade da Carolina do Sul, na quarta-feira (17).

No sábado, foram divulgadas fotos de Roof, 21, armado e com uma bandeira confederada na mão.

Ativistas e autoridades da Carolina do Sul, incluindo a governadora Nikki Haley e o prefeito Joseph P. Riley, pediram na segunda-feira que a bandeira seja retirada do jardim do Legislativo estadual.

“Nunca quisemos ofender ninguém com os produtos que oferecemos”, disse o porta-voz do Walmart Brian Nick. “Tomamos medidas para remover todos os itens promovendo a bandeira confederada de nossas lojas ou site”, completou.

Ataques de grupos racistas e opositores ao governo matam mais do que atentados muçulmanos nos EUA

Estudo do “The New York Times” mostra que, desde 11 de setembro, 48 pessoas foram vítimas extremistas de direita, enquanto 26 foram mortas por jihadistas

Leia a matéria completa
Publicidade

À rede de tevê CNN, um porta-voz da Amazon disse que a companhia também adotaria a medida.

Para Johnna Hoff, porta-voz do eBay, a bandeira confederada “se tornou um símbolo contemporâneo de divisão e racismo”. A empresa, disse, banirá a venda das bandeiras e de “vários itens que contenham sua imagem”.

A Sears Holdings Corporation, que opera a Sears e Kmart, também anunciou a adoção da medida.

A empresa de comércio eletrônico Etsy informou à revista “WIRED” sua decisão de parar a venda do produto.

“As políticas da Etsy proíbem itens que promovam, apoiem ou glorifiquem o ódio, e [a bandeira confederada] entra nessa categoria”, disse um porta-voz da companhia.

Publicidade