A greve nas refinarias francesas por causa da reforma previdenciária prejudica férias escolares e eventos esportivos neste fim de semana. Um quarto dos postos de gasolina estão com problemas de abastecimento, e destinos turísticos populares podem atingidos.

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Raymond Soubie, assessor do presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse a uma rádio que as regiões de Bretanha, Loire e Auvergne, no noroeste e centro do país, estariam entre as mais afetadas. Os problemas de abastecimento se dão no início de um recesso escolar de 12 dias na França.

Partidas de futebol programadas para o norte do país neste fim de semana tiveram que ser adiadas.

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O presidente Sarkozy teve uma vitória na sexta-feira. Ele passou no Senado o seu projeto que prevê mais dois anos de trabalho para a aposentadoria dos franceses. No entanto, a greve nas refinarias prejudica os negócios e o cotidiano da população. Os trabalhadores não dão sinais de que vão recuar.

Os empregados de duas refinarias votaram pela continuidade da greve. Em outras refinarias, haverá reuniões nos próximos dias para decidir o futuro da ação, segundo Charles Foulard, representante sindical.

"O movimento continua," disse Foulard à Reuters. "Tudo será debatido entre os trabalhadores e vai depender da mobilização deles."

Dois terços dos franceses são contra a reforma de Sarkozy.

O presidente enviou a polícia na semana passada para terminar com cercos a depósitos de combustíveis. O governo luta para enviar combustível para os postos antes de as famílias saírem para as férias.

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Os protestos complicam os esforços para restaurar a normalidade no setor de energia. A principal refinaria da França, no noroeste do país, está bloqueada. As operações no depósito de combustível próximo foram interrompidas em alguns momentos, impedindo entregas.