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Estudante em greve de fome contra o governo Chávez recebe atendimento médico em frente da sede da OEA, em Caracas | Jose Aguilar/AFP
Estudante em greve de fome contra o governo Chávez recebe atendimento médico em frente da sede da OEA, em Caracas| Foto: Jose Aguilar/AFP

Caracas - A greve de fome mantida desde o início de fevereiro por um grupo de jovens venezuelanos já con­­quistou a adesão de novos manifestantes nesta semana. Agora são 80 estudantes, que ameaçam radicalizar o protesto caso suas demandas não sejam atendidas.

O líder estudantil Roderick Navarro declarou que mantém a greve "com firmeza e força" para exigir do governo de Hugo Chávez a permissão da visita de uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que co­­nheça a situação de alguns políticos presos e avalie os direitos hu­­manos no país. "A partir de hoje (ontem), o chamado dos estudantes começará a ter efeito. Reali­­zaremos atividades de rua e faremos um chamado ao governo, ao qual dizemos que, se não nos escutar, não hesitaremos em radicalizar o protesto", declarou Navarro.

A greve estendeu-se a outras cidades do país como Maracaibo (oeste), ou Puerto La Cruz (leste), e a quantidade de manifestantes está aumentando, segundo os líderes.

Os estudantes mobilizados consideram que o governo venezuelano viola os direitos humanos e mantém presos políticos.

O principal protesto ocorre diante da sede da OEA em Ca­­racas, mas também há um grupo em frente à embaixada do Brasil. Os grevistas criticaram a postura do governo, que afirma que não permite a visita da OEA por se tratar de um assunto interno. Na sexta-feira, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, questionou também o "intervencionismo" dos Estados Unidos neste assunto.

O Departamento de Estado americano pediu na semana passada à Venezuela que permita a visita da missão da OEA no país.

O secretário-geral da OEA, José Mi­­guel Insulza, disse por sua vez que está disposto a visitar a Ve­­nezuela sempre e quando o go­­verno autorizar.

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