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O grupo islamita egípcio Al Gamaa al Islamiya acusou neste domingo (3) as forças opositoras sírias de recorrerem à violência para empurrar o Egito ao caos e convocou uma manifestação na próxima sexta-feira "para proteger a pátria".

Em comunicado, o braço político de Al Gamaa al Islamiya, o partido Construção e Desenvolvimento, uma versão defensora do islã, destacou que o diálogo é a única via para sair da crise política atual.

O partido explicou que a decisão adotada de convocar uma manifestação tem o objetivo de "proteger à pátria dos perigos que enfrenta".

A manifestação será realizada em frente à mesquita de Rabaa al Adauia, no bairro de Madinet Nasr, onde os islamitas já haviam realizado protestos anteriormente em apoio ao presidente egípcio, Mohammed Mursi.

Até agora, nem os Irmandade Muçulmana, grupo no qual militava Mursi antes de ocupar a Presidência, nem seu braço político, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), anunciaram sua postura com relação a esta convocação.

Por sua vez, o partido salafista de Al Nour, anunciou que não participará dessa manifestação porque neste tempo crítico é "inadequado", já que há sabotadores que querem aproveitar para "estender o caos no país".

Este partido, o segundo mais votado nas eleições legislativas passadas, chegou a um acordo recentemente com a Frente de Salvação Nacional (FSN), que agrupa à oposição não islamita, para tentar desativar a crise política.

No entanto, os ultraconservadores afirmaram em comunicado que não querem forçar a saída do poder de Mursi e nem a convocação de eleições presidenciais antecipadas.

Após os recentes distúrbios, a calma reinou neste domingo nos arredores da praça Tahrir e do Palácio Presidencial do Cairo, onde jovens manifestantes protagonizaram ontem à noite alguns distúrbios.

Desde sexta-feira, quando foram reiniciados os distúrbios por conta de uma nova manifestação da oposição, pelo menos uma pessoa morreu e 113 ficaram feridas no país, segundo números do Ministério da Saúde.

Um dos casos mais famosos de violência está sendo o do egípcio Mohammed Saber, que foi despido e golpeado pelos agentes nas imediações do Palácio Presidencial.

Saber afirmou posteriormente à televisão desde o hospital da Polícia no qual era atendido que foram manifestantes e não agentes que lhe agrediram, embora horas depois voltou a se retratar.

Perante a Procuradoria Geral, Saber acusou os policiais de terem batido e lhe tirado a roupa, segundo informou a agência oficial egípcia, "Mena".

Entretanto, o Tribunal Constitucional egípcio adiou novamente a revisão sobre a controvérsia assembleia que redigiu a Carta Magna, que foi boicotada pelas forças não islamitas.

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