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Sequestradores exigem fim de ataques da França no Mali

Militantes islâmicos ligados à Al Qaeda que atacaram um campo de gás na Argélia nesta quarta-feira exigiram o fim das operações militares francesas contra islamistas no norte do Mali em troca da segurança de dezenas de reféns, disse a agência de notícias ANI, da Mauritânia.

O comunicado enviado à ANI pelo grupo também afirma que os militantes mantêm 40 pessoas reféns. Um porta-voz do grupo, que está sob o comando de Mokhtar Belmokhtar, um veterano militante islâmico da região do Saara, anunciou mais cedo que eles estavam por trás da tomada de reféns.

Militantes islâmicos ligados à rede terrorista Al Qaeda afirmaram ter sequestrado 41 pessoas, entre elas sete norte-americanos, numa operação em uma usina de gás no sul da Argélia, afirmaram duas agências de notícias sediadas na Mauritânia.

Os militantes disseram que os ataques eram uma retaliação ao fato à permissão dada pela Argélia para que a França use o espaço aéreo do país para bombardear o território do Mali, segundo a ANI e a Sahara Media, as agências que afirmaram terem conversado com os militantes.

O Governo dos Estados Unidos confirmou que há cidadãos americanos entre os sequestrados na Argélia depois que um grupo armado atacou nesta quarta-feira instalações de gás no sudeste do país.

"Não vou entrar em números. Não vou entrar em nomes. Não vou entrar em mais detalhes enquanto estivermos trabalhando neste tema com as autoridades argelinas", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em sua entrevista coletiva diária.

Empresa francesa diz que tem 150 empregados retidos

Pelo menos 150 funcionários da empresa francesa de hotelaria CIS Catering estão retidos nas instalações da multinacional BP, atacada nesta quarta-feira por um grupo armado no sudeste da Argélia.

"Os 150 empregados argelinos de nossa filial Cieptal estão atualmente retidos no local do consórcio BP. Não podem sair da base", declarou o presidente da sociedade, Régis Arnoux, ao site do "Le Journal du Dimanche".

O dirigente da CIS Catering indicou que já alertou o Ministério de Relações Exteriores francês e a embaixada da França na Argélia.

"Segundo minhas informações, um grupo de 60 terroristas procedentes de países vizinhos, fortemente armados e muito bem aparelhados, atacaram a base nesta noite", acrescentou.

"Tomaram como reféns todos os expatriados, sem distinguir nacionalidade (...) os empregados argelinos não têm a possibilidade de sair. Estão retidos no interior do lugar. A situação é muito preocupante", comentou.

A CIS Catering tem 12 mil funcionários e presta serviços de restauração, hotelaria e logística em bases de petróleo e gás no mundo todo, entre elas a da BP na Argélia.

Antes das declarações do responsável desta empresa, a agência oficial de notícias argelina informou que o grupo armado que atacou as instalações de gás no sudeste da Argélia mantinha sequestradas 20 pessoas de nacionalidades norueguesa, britânica, americano, francesa e japonesa.

No ataque das instalações de tratamento de gás, situadas na província de Ilizi, na fronteira com a Líbia, morreram duas pessoas, uma delas britânica, e outras seis ficaram feridas, quatro agentes de segurança argelinos e outras duas originárias do Reino Unido.

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