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Um grupo que se autodenomina um braço da Al Qaeda na região do Levante prometeu executar ataques a bomba no Líbano se o governo libanês não tirar seu Exército de perto dos campos de refugiados palestinos.

"Advertimos pela última vez, e depois não haverá mais nada, só um mar de sangue", disse um porta-voz identificado como líder militar do grupo, num vídeo publicado na Internet na sexta-feira.

"O que queremos é que vocês mandem o Exército dos libaneses cristãos retirar seus homens de perto de todos os campos palestinos, e em particular do campo Nahr al-Bared", disse ele, dirigindo-se ao patriarca católico maronita Cadrinal Nasrallah Sfeir.

"Se vocês não pararem vamos arrancar seus corações com ... bombas", afirmou o homem, cujo rosto estava coberto por um xale quadriculado, e que segurava um fuzil.

Houve três ataques a bomba no Líbano esta semana, depois do início dos confrontos entre o Exército e o grupo militante inspirado pela Al Qaeda Fatah al-Islam, no campo de Nahr al-Bared.

Pelo menos 33 soldados e 25 militantes morreram, nos piores combates internos desde a guerra civil no país, entre 1975 e 1990. Milhares de pessoas fugiram do campo, onde as informações dão conta de que 11 civis morreram e 100 ficaram feridos.

O porta-voz descreveu a ação do Exército como uma "cruzada brutal sob o pretexto de combater o terrorismo", e afirmou que os palestinos do Líbano sempre foram vítimas de discriminação.

Segundo a ameaça, os alvos da Al Qaeda serão os negócios, "a começar pelo turismo até chegar em outros meios com que vocês ganham suas vidas podres". O militante não soava libanês.

Na sexta-feira, vigorava uma frágil trégua entre os militantes do Fatah al-Islam e o Exército, apesar de alguns confrontos noturnos esporádicos.

Os Estados Unidos e aliados árabes enviaram ajuda militar ao Líbano na sexta-feira, e o Exército libanês mobilizou mais soldados na região do campo.

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