• Carregando...
Imagem da câmera de segurança mostra ativistas radicais de esquerda entrando no prédio da Globóvision | Globovision/Reuters
Imagem da câmera de segurança mostra ativistas radicais de esquerda entrando no prédio da Globóvision| Foto: Globovision/Reuters

Equador vai cancelar licenças de emissoras

O governo do Equador irá retirar a licença "a algumas’’ emissoras de rádio e televisão que obtiveram permissão para funcionar de forma irregular. O anúncio foi feito ontem pelo presidente Rafael Cor­­rea.

Leia a matéria completa

País confisca as maiores torrefadoras

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou o confisco, por 90 dias, das duas maiores torrefadoras de café locais, C.A. Café La Fama e Café Madrid. A medida foi tomada diante do iminente desabastecimento do produto no mercado interno.

Leia a matéria completa

  • Jornalistas venezuelanos protestam em frente do prédio da Conatel, agência do setor de telecomunicações

Caracas - O canal de tevê Globovisión, de Caracas, foi invadido ontem por um grupo de homens armados, simpatizantes do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chá­­vez. O grupo jogou bombas incendiárias e de gás lacrimogêneo no local, deixando duas pessoas com ferimentos leves. A Globovisión é considerada pelo presidente Chá­­vez como uma emissora ligada à oposição ao seu regime político.

O ministro do Interior da Vene­­zuela, Tareck El Aissami, condenou o incidente e disse à televisão estatal venezuelana que ele será investigado pelo ministério público. "Seja quem for, o responsável por esta ação violenta deverá ser posto à ordem da justiça venezuelana", disse. O Ministério Público informou em nota que iniciou uma investigação sobre o incidente.

A violenta invasão ao edifício da tevê ocorreu após vários protestos de jornalistas pelo fechamento de 34 emissoras de rádios nos últimos dias. O governo venezuelano argumentou que as rádios operavam ilegalmente, mas a oposição afirma que só foram fechados os meios de comunicação cuja linha editorial é crítica ao governo. As comunidades internacionais de imprensa denunciam o presidente Chávez de atentar contra a liberdade de imprensa.

As pessoas que invadiram a te­­vê Globovisión portavam armas de fogo e renderam os guardas da segurança, disse o diretor Alberto Federico Ravell à imprensa. Uma vez dentro do edifício, o grupo ex­­plodiu bombas que chegaram a ferir dois empregados. Ravell disse que as pessoas eram lideradas pela esquerdista Lina Ron, ligada a Chá­­vez. "Responsabilizamos o presidente pelo que ocorreu hoje (on­­tem) e levaremos as coisas até as últimas consequências", alertou Ravell. "Este atentado já não é contra a liberdade de imprensa, é contra a vida das pessoas que estavam trabalhando no canal", acusou.

A emissora distribuiu as imagens de suas câmeras de segurança, as quais mostram o grupo de homens armados com boinas vermelhas e bandeiras do partido UPV, aliado de Chávez, quando entram no edifício e lançam as bombas. Dezenas de jornalistas venezuelanos deram entrevistas às agências internacionais condenando os ataques e o fechamento de emissoras. A Globovisión foi acusada pelo governo da Vene­­zue­­la de violar a Lei de Telecomuni­­cações e está sendo investigada pela Justiça daquele país.

Antes da invasão, na manhã desta segunda-feira, o ministro de Obras Públicas e Habitação, Dios­­dado Cabello, deu uma entrevista coletiva à imprensa afirmando que "tem uma investigação penal aberta contra a Globovisión". Se­­gun­­do ele, começaram "a transmitir coisas ridículas em um canal que deveria transmitir de tudo, mas só passam suas notícias". Ca­­bello não duvidou em suas advertências: "tomaremos as medidas sem tremer o pulso".

A organização Human Rights Watch (HRW) afirmou que o go­­verno de Hugo Chávez está preparando medidas para ‘limitar seriamente’’ a liberdade da imprensa na Venezuela. A organização de de­­fesa dos direitos humanos criticou principalmente o projeto de lei referente aos "crimes de im­­prensa’’, apresentado na quinta-feira ao Parlamento pela procuradora-geral, Luisa Ortega.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]