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De acordo com reportagem do New York Times, um encontro com o presidente Obama custaria quase R$ 1 milhão | Larry Downing/Reuters
De acordo com reportagem do New York Times, um encontro com o presidente Obama custaria quase R$ 1 milhão| Foto: Larry Downing/Reuters

Resposta

"Quem participa é porque acredita na agenda do presidente"

Katie Hogan, porta-voz da OFA, alegou que a organização prometeu revelar o nome de seus doadores e que não aceita dinheiro de grupos de pressão: "Não prometemos acesso ao presidente. Quem participa da OFA, participa porque acredita na agenda do presidente".

Comentários contraditórios dos assessores preocupam até os defensores mais veementes do presidente, como o canal MSNBC.

Aberta a polêmica, a Casa Branca não teve escolha senão sair em defesa própria. Na última segunda-feira, em encontro com a imprensa, o porta-voz Jay Carney defendeu os esforços de Obama para reduzir a influência do dinheiro na política e negou que o acesso ao presidente esteja à venda através da OFA.

"Há uma série de regras que regem a interação entre as autoridades governamentais e grupos externos, e os funcionários da administração seguem essas regras", comentou Carney.

O porta-voz prometeu também que "nem a Casa Branca nem os funcionários do governo arrecadarão dinheiro para a OFA, embora possam aparecer em eventos da organização".

  • Porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, fala em entrevista

Uma organização criada pela campanha de Barack Obama para apoiar a sua agenda legislativa está prometendo acesso direto ao presidente dos Estados Unidos para quem doar US$ 500 mil (R$ 990 mil). O dinheiro seria usado na defesa das propostas do governo democrata em todo o território norte-americano.

A polêmica surgiu depois que o jornal The New York Times revelou que a Organizando por Ação (OFA, na sigla em inglês) oferece aos doadores a possibilidade de eventos com o presidente quatro vezes por ano. Criada em novembro do ano passado como uma entidade sem fins lucrativos, a OFA aproveita o aparato e as bases de dados usados na campanha obamista de reeleição.

A Casa Branca teve de se defender das acusações.

Em geral, os políticos americanos usam organizações desse tipo, pensadas para promover assuntos sociais, para não se limitarem às regulamentações tradicionais do financiamento dos partidos. De modo que a OFA não tem de revelar os nomes de doadores nem está submissa a limites de arrecadação.

A diferença da OFA é que ela escolheu armas poderosas para defender as propostas democratas contra um dividido: a extensa rede de cidadãos que apoiaram Obama durante a eleição. Trata-se de um aparato com 2 milhões de voluntários, 17 milhões de endereços de e-mail e 22 milhões de seguidores no Twitter.

A OFA é dirigida por Jon Carson, ex-chefe de relações públicas da Casa Branca, e conta com a participação do estrategista democrata Jim Messina e do ex-presidente Bill Clinton.

Em reunião privada no mês passado em Washington, Messina assegurou que "a OFA é a construção de um conselho nacional que será preenchido com as pessoas desta sala", referindo-se a influentes fortunas presentes no evento realizado pela organização, que é definido como um "movimento popular".

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