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La Paz – O governo do presidente boliviano, Evo Morales, e mais de 20 sindicatos e outras organizações populares aliadas formaram ontem um grupo – a Coordenação Nacional para a Mudança – com o objetivo de evitar conflitos sociais e auxiliar na execução de políticas nacionais.

A criação do organismo resulta do esforço do governo de retomar as rédeas dos movimentos de rua, cujos protestos nos últimos dias, em Cochabamba e La Paz, pela renúncia dos governadores dos dois departamentos, estiveram a ponto de sair do controle.

Há duas semanas, protestos para exigir a renúncia do governador de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, de oposição a Evo, resultaram na morte de dois manifestantes. Preocupado com a dimensão das revoltas populares, o governo de Morales reagiu e conseguiu conter um movimento semelhante – contra o também opositor governador de La Paz, José Luis Paredes – na segunda-feira, liderada pela aguerrida Fejuve, a Federação de Associações de Moradores da cidade-dormitório de El Alto, a 12 quilômetros de La Paz.

Na segunda-feira, durante o discurso que marcou o primeiro aniversário de sua chegada ao poder, Morales admitiu que a falta de coordenação dos movimentos sociais tem sido uma das principais deficiências do governo. O grupo é composto por organizações de mineiros, agricultores sem-terra, camponeses – principalmente produtores de folha de coca – e indígenas.

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