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O presidente do Irã,  Ebrahim Raisí, em visita à Venezuela em 2023
O presidente do Irã, Ebrahim Raisí, em visita à Venezuela em 2023| Foto: EFE/Rayner Peña

Os grupos que compõem a chamada "Resistência Islâmica no Iraque" reivindicaram nesta quarta-feira (24) a autoria de três ataques com mísseis contra posições militares dos Estados Unidos no território iraquiano e na Síria, depois do bombardeio americano realizado nesta terça-feira (23) contra posições do grupo também no Iraque.

A Resistência Islâmica afirmou em comunicado que os alvos de sua ação foram a base de Koniko, no leste da Síria, e instalações militares no aeroporto de Erbil e Ain al Assad, no norte e oeste do Iraque, onde as tropas dos EUA estão alojadas como parte da coalizão internacional que combate o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

O ataque foi parte de sua "resistência" às “forças de ocupação dos EUA”, de acordo com o comunicado, no qual o grupo diz que "continuará a destruir as fortalezas do inimigo".

A ação do grupo iraquiano, que alega ter matado um militar rival, é uma resposta ao ataque americano desta terça, que bombardeou três locais usados pelo grupo extremista Kataib Hezbollah, que faz parte do pró-iraniano xiita Mobilização Popular e da própria Resistência Islâmica no Iraque.

O Comando Central dos EUA (Centcom), que atua no Oriente Médio, na Ásia Central e em partes do sul da Ásia, informou que a operação visou o quartel-general e as instalações de armazenamento de foguetes e mísseis, uma ação que o Pentágono considerou necessária e proporcional.

O governo do Iraque descreveu nesta quarta como "inaceitáveis" os ataques dos EUA aos grupos xiitas locais em território do país e advertiu que os trataria como atos de "agressão" e tomaria medidas para "preservar a vida dos seus cidadãos".

O comunicado oficial iraquiano declarou que os novos ataques dos EUA tinham como alvo unidades militares do Exército e das Forças de Mobilização Popular nas regiões de Jurf al-Nasr e Al Qaim, localizadas a cerca de 60 quilômetros a sudoeste de Bagdá e perto da fronteira com a Síria, respectivamente.

O Ministério das Relações Exteriores do Iraque disse nesta quarta em comunicado que a embaixadora dos EUA no país, Elena Romanowski, enviou uma “importante mensagem” ao governo iraquiano, que será estudada pelo primeiro-ministro e pelas autoridades de alto escalão, que em breve tomarão medidas a respeito, embora não tenha revelado seu conteúdo.

O último ataque dos EUA foi realizado depois de o país emitir sanções contra três líderes e apoiadores do Kataib Hezbollah e contra a companhia aérea Fly Baghdad, devido a seu apoio à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e a grupos relacionados em Iraque, Síria e Líbano.

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