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Ex-senadora Piedad Cordoba (à dir.) negociou com as Farc | Luis AcostaA/AFP
Ex-senadora Piedad Cordoba (à dir.) negociou com as Farc| Foto: Luis AcostaA/AFP

Libertação

Policiais e militares desembarcam em Villavicencio

Efe

Visivelmente emocionados, com roupas limpas e barbeados, ainda que bastante magros, os dez policiais e militares que foram libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram à cidade colombiana de Villavicencio em um helicóptero brasileiro.

Após uma missão que se prolongou durante mais de cinco horas, os policiais e militares chegaram aparentemente em bom estado de saúde.

Os uniformizados foram recebidos nas portas do helicóptero por equipes médicas que os abraçaram diante dos meios de comunicação.

Do helicóptero também desceram dois sorridentes membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que atuou como coordenador da missão humanitária, a ex-senadora Piedad Córdoba e a diretora da Casa da Mulher Olga Amparo Sánchez.

As Forças Armadas Re­­vo­­lu­­cionárias da Colômbia (Farc) libertaram ontem os úl­­ti­­mos dez policiais e mili­­ta­­res que eram mantidos co­­mo reféns, informou o Co­­mi­­tê Internacional da Cruz Ver­­melha (CICV) em um comunicado.

O grupo de reféns – formado por quatro militares e seis policiais – foi solto em uma zona rural fronteiriça dos departamentos de Meta e Guaviare e entregue à missão humanitária composta por membros do CICV e do Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP).

"Expressamos nossa grande alegria pelo êxito da operação que permitiu, em um só dia, a reunião de dez famílias que esperavam isso há tantos anos", disse o chefe da delegação do CICV na Colômbia, Jordi Raich. "Hoje [ontem] termina a agonia para estas famílias, e isso nos enche de satisfação".

Os reféns agora estão sendo levados em um helicóptero cedido pelo governo do Brasil a Villavicencio, de onde serão transportados a Bogotá em um avião governamental para se encontrarem com suas famílias.

Segundo o CICV, os reféns libertados são os sargentos do Exército Luis Alfredo Moreno Chagueza e Robinson Salcedo Guarín, ambos capturados na tomada de Miraflores, em Guaviare, em 1998; os também militares Luis Arturo Arcia e Luis Alfonso Beltrán Franco, da tomada de Billar, em Caquetá, em 1998; o primeiro sargento de polícia José Libardo Forero, e os suboficiais de polícia Carlos José Duarte, Wilson Rojas Medina, Jorge Humberto Romero e Jorge Trujillo Solarte. Os qua­­tro últimos foram sequestrados durante a tomada de Puerto Rico, em Meta, em 1999.

Também foi liberado o sargento-mor de polícia, César Augusto Lasso Monsalve, que era refém das Farc desde 1998, após a tomada de Mitu.

Os encarregados de receber os libertados na selva foram a ex-senadora Piedad Córdoba, líder do CCP, e dois representantes do CICV, que coordenou a operação.

Um helicóptero brasileiro que transportou a missão humanitária partiu do aeroporto de Villavicencio com duas horas de atraso por causa do mau tempo.

O CICV, o CCP e o governo do Brasil já participaram de libertações anteriores de reféns das Farc. Desde 2008, a ex-senadora Córdoba mediou a libertação de 20 reféns políticos e militares das Farc, entre eles a ex-candidata presidencial de nacionalidade colombiana e francesa Ingrid Bettancourt, em 2008.

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