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Presidente eleito da Guatemala, Alejandro Giammattei
Presidente eleito da Guatemala, Alejandro Giammattei, discursa na Cidade da Guatemala em 11 de agosto de 2019| Foto: Johan ORDONEZ/AFP

Neste domingo (11), em segundo turno, os guatemaltecos elegeram o candidato conservador e de direita Alejandro Giammattei como seu presidente para o próximo mandato de quatro anos. Quando assumir o cargo em 14 de janeiro, ele herdará uma nação atormentada por anos de escândalo político, onde um surto recente de imigração revelou desafios monumentais à frente.

Com mais de 94% dos votos contados, ele tinha uma vantagem de 18 pontos sobre a a ex-primeira-dama Sandra Torres. O comparecimento foi desanimador: 40% dos 8,15 milhões de eleitores registrados do país participaram, muito menos do que os 56% nas eleições presidenciais de 2015.

O segundo turno presidencial ocorreu em um momento crucial - enquanto a Guatemala se prepara para a possível implementação de um acordo de "terceiro país seguro" com os Estados Unidos, um plano promovido pelo governo Trump, mas com consequências potencialmente graves para um país cujos cidadãos estão fugindo em massa. A Guatemala é o principal país de origem dos migrantes e requerentes de asilo apreendidos na fronteira sul dos EUA.

Durante sua campanha, Giammattei delineou seu plano para impedir as pessoas de quererem sair, prometendo construir um "muro econômico" por meio da criação de empregos. A desigualdade significativa do país e a extrema pobreza nas áreas rurais foram ignoradas desde a guerra civil da Guatemala, que terminou em 1996. O atual êxodo reflete a perda de esperança de muitos dos mais pobres do país.

"Vamos nos concentrar na construção de uma Guatemala diferente", disse Giammattei quando se proclamou presidente eleito, enquanto os resultados ainda estavam chegando.

No mês passado, o governo do atual presidente Jimmy Morales assinou um acordo de imigração com o Departamento de Segurança Interna que forçaria os hondurenhos, salvadorenhos e outros a transitarem pela Guatemala a procurar asilo lá em vez de nos Estados Unidos. Giammattei criticou as circunstâncias das negociações por um governo de saída. Uma vez no cargo, ele poderia reverter o acordo, mas não prometeu fazê-lo.

O acordo permanece no limbo. O mais alto tribunal da Guatemala emitiu uma liminar provisória contra sua implementação, determinando que requer aprovação do Congresso. Os processos judiciais estão em curso.

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