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Pelo menos três mil haitianos marcharam ontem no centro da capital, Porto Príncipe, reivindicando a saída do presidente René Préval e das forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). A polícia montou barreiras de ferro ao redor das ruínas do Palácio Nacional, sede do governo, para tentar conter a marcha e dispersou os opositores com bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta.

A reportagem viu pelo menos uma criança e centenas de adultos intoxicados após inalar o gás lançado pela polícia. A menina, de aparentemente 6 anos, vivia com a família em um dos maiores e mais miseráveis acampamentos de deslocados do Haiti, o Champs de Mars, formado por milhares de tendas de lona que cercam o palácio presidencial desde o terremoto de 12 de janeiro.

Durante toda a manhã, os capacetes azuis cumpriram ordens de permanecer aquartelados, três dias depois de soldados brasileiros terem sido apedrejados por estudantes nos arredores do Palácio Nacional.

O clima de tensão cresce no Haiti à medida que se aproxima a data prevista para as eleições presidenciais de novembro. Préval disse que "nem a comissão eleitoral criada pela ONU foi capaz de dar garantias de que as eleições possam acontecer na data prevista". Segundo ele, há muitos eleitores sem nenhum documento de identidade e fora de seu domicílio eleitoral depois do terremoto. Para a oposição, o presidente estaria articulando um golpe de Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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