• Carregando...

Líderes do grupo extremista islâmico Hamas, vencedor das eleições na Palestina, asseguraram neste sábado que não só pretendem manter a resistência como planejam montar uma força militar, uma espécie de "Exército unificado", para proteger o povo palestino contra ataques israelenses.

- Queremos formar um Exército como todo país... Uma força armada para defender nosso povo contra as agressões - afirmou Khaled Meshaal, diretor do Escritório Político do Hamas.

Questionado se o Hamas pretende considerar e respeitar as negociações e acordos fechados até agora pela Autoridade Palestina com Israel, Meshaal disse:

- Não pretendemos reconhecer a ocupação de Israel, mas somos realistas e sabemos que negociações são feitas gradualmente.

Meshaal reiterou ainda que o grupo extremista tem planos de compor um governo com outras facções palestinas, incluindo o Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

- Acreditamos que é do interesse de todos fazer parte do bonde do Hamas porque este bonde vai triunfar.

Meshaal advertiu Israel de que "não haverá paz nem segurança enquanto houver ocupação", mas ao mesmo tempo não descartou por completo um eventual diálogo com governantes israelenses. Afirmou, no entanto, que "ainda não nos fizeram propostas para saber se decidimos cooperar com eles ou não".Em Gaza, o líder da lista de candidatos do grupo extremista Hamas, Ismail Haniya, reforçou que o braço armado Batalhão de Izadín Al-Kasam não se renderá às pressões internacionais e que a luta armada contra a ocupação israelense será mantida.

Haniya resposdeu às ameaças do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de dirigentes da União Européia, de cancelar a transferência de fundos para a Autoridade Nacional Palestina (ANP) caso os integrantes islâmicos se neguem a se desarmar e a reconhecer a existência do estado de Israel.

- Não se pode recorrer à ajuda internacional para subjugar nosso movimento e nosso direito de resistir à ocupação israelense - disse.

Khaled Meshaal também reforçou que "o povo palestino viveu durante anos sem a ajuda dos Estados Unidos" e que "os países árabes e muçulmanos serão generosos e não vão ceder às pressões americanas".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]