Protesto de ativistas de oposição contra maduro “Constituinte = Fraude, Fora Maduro”| Foto: FEDERICO PARRAAFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (27) que um helicóptero da polícia lançou duas granadas contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Caracas e chamou o ataque de "terrorista". 

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Imagens divulgadas em rede sociais mostram a aeronave também sobrevoando também o prédio do Ministério do Interior e Justiça e o Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano.  

De acordo com relatos e vídeos é possível ouvir explosões e barulhos de tiro. Não há informações sobre vítimas. 

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 Maduro afirmou que o helicóptero que atacou o TSJ pertence à polícia científica venezuelana.  

"Havia no TSJ uma atividade social, poderia ter sido uma tragédia. Atiraram contra o Tribunal Supremo de Justiça e depois sobrevoaram o Ministério de Interior e Justiça. Esse é o tipo de violência que venho denunciando", disse Maduro, acrescentando que uma das granadas não explodiu.  

O presidente informou que a aeronave era conduzida por um homem que foi piloto do seu ex-ministro do Interior e Justiça, Miguel Rodríguez Torres. Ele seria o general reformado Oscar Pérez, que Maduro acusa de envolvimento em um plano para derrubá-lo.  

Perez divulgou um vídeo nesta terça, onde aparece com roupas militares em frente a um grupo de homens encapuzados e portando metralhadoras. No vídeo, ele diz não pertencer a nenhum grupo político específico e que luta "contra a tirania".  

"Somos contra este governo transitório de criminosos. (...) Somos nacionalistas, patriotas e defensores das instituições(...).Pedimos que nos acompanhem nesta luta, vamos às ruas (...). Nossa missão é viver a serviço do povo", afirmas Perez.  

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Imagens mostram um helicóptero sobrevoando Caracas com um cartaz onde era possível ler "350 Liberdade", em referência ao artigo constitucional de mesmo número. 

 Este artigo diz que "o povo da Venezuela, fiel à sua tradição republicana e sua luta pela independência, paz e liberdade, deve repudiar qualquer regime, legislação ou autoridade que viole os valores, princípios e garantias democráticas ou usurpe os direitos humanos". 

 Nas imagens é possível observar duas pessoas no helicóptero, sendo que uma está com o rosto coberto.  

Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos que exige sua saída, e que já deixou 76 mortos.