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Integrantes do Hezbollah e familiares de Hassan al-Laqqis carregam o caixão do líder militar assassinado, no Líbano | Mohamed Azakir/Reuters
Integrantes do Hezbollah e familiares de Hassan al-Laqqis carregam o caixão do líder militar assassinado, no Líbano| Foto: Mohamed Azakir/Reuters

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Grupo jihadista reivindica assassinato de alto comandante

Um grupo jihadista sunita libanês assumiu ontem a autoria do assassinato de um dos líderes da ala armada do grupo xiita Hezbollah, Hassan al-Laqqis, que foi morto perto de sua casa no sul de Beirute.

A chamada Brigada dos Sunitas Livres em Baalbeck disse em várias mensagens na rede social Twitter que essa "operação jihadista gloriosa" foi feita por "leões sunitas livres do Líbano".

"Juramos por Deus que a vitória está próxima. Esse é o início de uma nova era", ressaltou o grupo, que anteriormente reivindicou outros ataques seletivos contra o Hezbollah.

Em sua reivindicação, à qual deram credibilidade vários veículos de imprensa libaneses, a brigada chamou o Hezbollah, que significa "Partido de Deus", de "Partido do diabo".

O grupo batizou o ataque como o "cumprimento da promessa", e advertiu ao grupo xiita de que não permitirá que "se profanem as mesquitas sunitas ou se insulte Aisha" (mulher do profeta Maomé).

Curiosamente, a reivindicação da autoria do crime foi noticiada por poucos veículos de mídia.

Efe

  • Hassan al-Laqis: morto a tiros

O governo de Israel negou ontem qualquer envolvimento no assassinato do líder do grupo Hezbollah, ocorrido ontem. Hassan Al-Laquis foi morto a tiros próximo da sua casa no sul de Beirute, segundo comunicado do grupo militante xiita. A informação foi confirmada por autoridades de segurança do Líbano.

No canal de televisão Al Manar, o islâmico Hezbollah acusou Israel de ser o responsável pelo assassinato, alegando que o país inimigo já tinha tentado eliminar Al-Laquis diversas vezes. "O inimigo israelense é naturalmente o culpado. Eles devem assumir completamente a responsabilidade e a repercussão por esse crime horrendo", ressaltou o comunicado.

Segundo o Hezbollah, Hassan foi morto enquanto voltava do trabalho para casa por volta da meia-noite. Autoridades de segurança libanesas disseram que homens contra o líder no estacionamento do prédio onde vivia, localizado no bairro de Hadath, que fica a três quilômetros do sul de Beirute. Ele foi levado às pressas para um hospital, mas não resistiu e morreu.

A agência de notícias estatal do Líbano publicou uma foto da vítima. A imagem mostrava um homem com cerca de 40 anos de idade, cabelo preto e uma barba grisalha, vestindo roupas militares bege.

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, negou que o país tenha participado do crime. "Israel não tem nenhum envolvimento com esse incidente", afirmou.

O grupo Hezbollah já tra­­vou várias guerras contra Israel. O filho de Al-Laqis morreu em um embate contra os israelenses em 2006. O serviço de espionagem israelense é suspeito de assassinar vários comandantes do Hezbollah nas últimas de duas décadas.

Em 1992, um helicóptero de Israel emboscou um comboio com o líder Abbas Musawi, matando ele, a esposa, o filho de 5 anos e quatro guarda-costas. Oito anos antes, o líder Sheik Ragheb foi assassinado no sul do Líbano.

O atual líder do grupo islâmico raramente aparece em público desde a guerra de 2006. Em uma rara viagem, Hassan Nasrallah foi até a vizinha Síria na última semana para encontrar os presidentes do Irã e da Síria.

A morte de Al-Laqis ocorreu meia hora depois de Nasrallah terminar uma entrevista de três horas em uma televisão local, onde acusou a Arábia Saudita de estar por trás de um duplo atentado de bombas que teve como alvo a embaixada iraniana em Beirute. No episódio, 23 pessoas morreram.

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