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Beirute - A coalizão política liderada pelo Hezbollah obteve apoio suficiente para indicar o novo premier do Líbano, apenas 12 dias após desfazer o governo ao anunciar sua saída do gabinete liderado por forças pró-Ocidente.

A articulação representa importante revés para Israel e os EUA, que veem o Hezbollah como organização terrorista, mas é uma grande vitória para o regime do Irã, principal patrocinador do grupo.

Já o Hezbollah, misto de partido e milícia xiita cujo poder de fogo é considerado maior do que o das próprias Forças Armadas do Líbano, consolida a posição de principal força política do país.

Aposta

A obtenção de maioria pelo bloco liderado pelo Hezbollah deve fazer do magnata de telecomunicações Najib Mikati o novo premier. Makiti prometeu buscar a formação de outro governo de união.

Mas o atual premier, Saad Hariri, que desde o dia 12 lidera um governo interino, já disse que rejeita integrar gabinete dominado pelo Hezbollah. E aliados de Hariri acusaram o grupo de promover um golpe que tornará o Líbano um protetorado iraniano.

Partidários do atual premier promoveram manifestações na capital, Beirute, e várias outras cidades do país e bloquearam ruas e estradas em protesto contra o acordo.

A maioria de 65 cadeiras no Parlamento libanês, que tem 128 assentos, foi obtida após o anúncio de apoio do líder druso Walid Jumblatt, cujo bloco detém seis assentos na Casa, ao grupo xiita.

Formado em Harvard, Mikati – sunita, como determina a política libanesa – tem fortuna estimada em US$ 2,5 bilhões e foi premier por curto período em 2005.

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