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A secretária de Estado dos EUA, Hillary Rodham Clinton, reiterou seu apoio aos esforços do México para colocar um fim à violência provocada pelas drogas, ao afirmar que é de interesse do governo norte-americano combater os cartéis de narcotráfico que começaram a se comportar como grupos insurgentes e terroristas. Em discurso no auditório do Commonwealth Club, um organismo não partidário, em São Francisco, Hillary disse ontem à noite que ficou surpresa por ter recebido críticas pelos comentários que formulou no mês passado, quando comparou o México com a Colômbia durante sua batalha contra os cartéis de cocaína.

"Esta é uma das lutas mais difíceis que qualquer país enfrenta hoje. Vimos isso na Colômbia", disse. "Estamos vendo como os narcotraficantes coagem e corrompem governos na América Central e estamos observando a brutalidade e a barbárie de seus ataques a governadores e prefeitos, à imprensa e entre os próprios grupos no México."

Outras afirmações similares que a secretária de Estado formulou ante o Conselho de Relações Exteriores levaram o presidente dos EUA, Barack Obama, a dizer que o México se encontra em uma posição política e econômica muito melhor que a da Colômbia nos anos 1980. Funcionários do governo mexicano também rechaçaram a comparação de Hillary.

"Estes cartéis de droga estão adquirindo muitos dos atributos de grupos terroristas e insurgentes no mundo", disse a secretária. "Pela primeira vez, estão empregando automóveis carregados de explosivos", afirmou. Hillary se disse surpresa por alguns comentaristas políticos citarem que os EUA compartilham a responsabilidade pela violência da droga no México. Os norte-americanos têm demonstrado uma "demanda insaciável" por drogas ilegais e os EUA não podem conter milhares de armas traficadas ao México, disse Hillary. "Creio que isso é algo evidente", observou.

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