A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira que os EUA não retirarão as sanções contra Mianmar até que seus líderes realizem reformas democráticas mais amplas. "Não estamos ainda no ponto de considerar a retirada das sanções que impusemos por causa de nossas preocupações existentes sobre as políticas que têm de ser revertidas", afirmou Hillary após conversas com líderes do país.

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Hillary disse que os EUA podem tomar medidas, caso o regime avance na retirada de restrições. Ela disse que os EUA defendem o fim da violência do Exército, a libertação dos presos políticos ainda existentes e o rompimento de laços do país com a Coreia do Norte.

O presidente de Mianmar, Thein Sein, qualificou a visita como um "marco histórico", que poderia levar "ao aumento nas relações e à cooperação". A visita é a primeira em meio século de um secretário de Estado dos EUA a Mianmar e é vista como um teste de quão genuíno é o comprometimento do país com reformas e para encorajar elementos dentro do governo que apoiam reformas democráticas.

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O novo governo tomou o poder em Mianmar após eleições no fim de 2010 consideradas fraudadas pelo Ocidente, com soldados e militares da reserva conseguindo quase todos os postos importantes. Mas desde então Mianmar libertou centenas de presos políticos, reduziu restrições à internet, à imprensa e aos sindicatos, além de legalizar partidos políticos outrora ilegais como o da Nobel da paz Aung Sang Suu Kyi. Na sexta-feira, Hillary deve se encontrar com Suu Kyi na casa dela, onde a ativista está em prisão domiciliar há anos. As informações são da Dow Jones.