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Manifestante pede justiça no caso da morte do jornalista Jamal Khashoggi durante protesto em frente à embaixada saudita em Berlim, no ano passado
Manifestante pede justiça no caso da morte do jornalista Jamal Khashoggi durante protesto em frente à embaixada saudita em Berlim, no ano passado| Foto: EFE/EPA/HAYOUNG JEON

O homem detido na terça-feira no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, como suspeito de envolvimento no assassinato, em 2018, do jornalista Jamal Khashoggi, foi libertado, após confirmação de que não se tratava de pessoa procurada pelas autoridades.

O Ministério Público da capital francesa indicou, por meio de comunicado, que as checagens realizadas sobre a identidade do indivíduo apontaram que não se tratava do homem contra o qual existe uma ordem internacional de prisão, emitida pela Turquia, em 5 de novembro de 2018.

A Arábia Saudita havia informado, através da embaixada na França, que havia um erro na identidade do detido como suspeito de ligação com o assassinato de Khashoggi, ocorrido em Istambul, por isso, pediu a libertação imediata do homem.

A imprensa francesa havia divulgado que o preso era Khaled Aedh Al-Otaibi, nome que consta na lista de alerta vermelho da Interpol, a pedido da Turquia.

Segundo publicou hoje o jornal "Le Figaro", no entanto, trata-se de um homônimo. O governo saudita, inclusive, se manifestou, informando que este é um nome muito comum no país.

Horas depois do comunicado do governo da Arábia Saudita, o porta-voz do Executivo francês, Gabriel Attal, explicou que a polícia cumpriu o papel que deveria, já que havia um alerta vermelho da Interpol.

A detenção aconteceu poucos dias após a polêmica visita do presidente da França, Emmanuel Macron, à Arábia Saudita, onde foi recebido pelo príncipe herdeiro, Mohammad bin Salman, que é acusado de estar por trás do assassinato de Khashoggi.

Segundo as autoridades turcas, o jornalista foi morto no consulado saudita em Istambul, onde havia ido para obter um documento necessário para se casar. O assassinato, de acordo com as investigações, aconteceu por asfixia, logo depois da entrada no prédio, e o corpo foi desmembrado para ser retirado do local.

A Arábia Saudita realizou um julgamento considerado como pouco transparente, em que foram condenadas cinco pessoas.

Bin Salman negou diversas vezes o envolvimento no caso, uma versão refutada, por exemplo, pela ONG Repórteres Sem Fronteiras, que fez denúncia à justiça francesa contra Khaled al Otaibi, que é considerado foragido.

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