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Garotos soltam lanternas em Ban Nam Khem, na Tailândia | Athit Perawongmetha/Reuters
Garotos soltam lanternas em Ban Nam Khem, na Tailândia| Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

Indonésia

O vice-presidente indonésio Jusuf Kalla liderou uma cerimônia em Banda Aceh. Ele e outras autoridades colocaram flores numa vala comum onde milhares de vítimas não identificadas do tsunami foram enterradas.

Tailândia

Na Tailândia, mais de 5 mil pessoas morreram, das quais metade era de turistas. Mais de 100 sobreviventes, juntamente com parentes de vítimas, realizaram serviços em memória dos mortos numa praia em Khao Lak.

Sri Lanka

No Sri Lanka, a água varreu um trem de passageiros de seus trilhos, matando cerca de 2 mil pessoas de uma vez só. A recriação simbólica da jornada do trem estava planejada como parte das cerimônias no país ontem.

Índia

Os principais atos na Índia, onde houve 10.273 mortos e 5.823 desaparecidos, foram no estado de Tamil Nadu. Embarcações não saíram em sinal de luto e familiares das vítimas jogaram leite no oceano como oferenda.

  • Homem deposita flores em memorial dedicado às vítimas

Milhares de pessoas participaram ontem de homenagens e cerimônias religiosas em toda a Ásia para lembrar os dez anos do tsunami no oceano Índico que deixou mais de 200 mil mortos em um dos piores desastres naturais da história moderna.

O devastador tsunami ocorrido em 26 de dezembro de 2004 atingiu 12 países ao redor do oceano Índico, matando 230 mil pessoas. O fenômeno erradicou comunidades costeiras inteiras, dizimou famílias e afetou praias cheias de turistas na manhã pós-Natal.

Como parte das celebrações, sobreviventes, autoridades governamentais, diplomatas e familiares de vítimas se reuniram na Indonésia, Tailândia, Sri Lanka, Índia e em outros países afetados. Minutos de silêncio estavam programados para marcar o momento exato em que o tsunami ocorreu.

"Não consigo esquecer o cheiro do ar, a água naquele momento...mesmo depois de dez anos", disse Teuku Ahmad Salman, morador de 51 anos que se uniu às milhares de pessoas de Banda Aceh, na Indonésia.

"Não consigo esquecer como perdi minha mulher, meus filhos, minha casa", disse ele, soluçando. Durante anos ele se recusou a acreditar que eles haviam morrido, mas eventualmente deixou de procurá-los.

O desastre foi provocado por um terremoto de magnitude 9.1, o mais forte na região em 40 anos, que atingiu o fundo do mar na costa de Sumatra, na Indonésia, deslocando bilhões de toneladas de água que formaram ondas que cruzaram o oceano Índico com a velocidade de um jato e atingiram locais tão distantes quanto o leste da África.

A província indonésia de Aceh, a mais próxima do epicentro do terremoto, foi a mais atingida. Inicialmente, o tremor derrubou casas e prédios e fez com que os moradores saíssem correndo para as ruas. Cerca de 20 minutos mais tarde, uma parede de água de até dez metros de altura atingiu a terra firme com enorme velocidade, levando árvores, casas, trens, carros e milhares de pessoas. Mais de 170 mil morreram apenas na Indonésia.

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