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A entidade humanitária Human Rights Watch acusou hoje as forças do Sri Lanka de atacar reiteradamente hospitais na zona de guerra com rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE). Segundo o HRW, houve disparos indiscriminados de artilharia e bombardeios aéreos que deixaram dezenas de mortos, o que os militares negam.

O grupo, sediado em Nova York, afirmou que os comandantes militares responsáveis por esses ataques "poderiam ser julgados por crimes de guerra". A acusação ocorre em meio à crescente preocupação internacional com os 50 mil civis presos na área de luta entre as forças do governo e o LTTE. Nos enfrentamentos mais recentes, navios da armada nacional destruíram duas embarcações dos rebeldes, na costa nordeste do país, matando pelo menos 14 insurgentes, segundo um comunicado militar.

O HRW afirmou que tinha informações sobre "pelo menos 30 ataques a hospitais permanentes ou improvisados na zona de combate desde dezembro de 2008". O porta-voz militar, brigadeiro Udaya Nanayakkara, disse que "nunca atacamos hospitais". As forças oficiais afirmam que encurralaram os rebeldes em uma zona de 4 quilômetros de largura, na costa nordeste do país.

Hoje, a polícia informou que prendeu três jornalistas do Channel 4, de Londres, acusando-os de denegrir a imagem das forças do governo. Segundo a produtora para a qual trabalham os jornalistas, eles fizeram matérias denunciando abusos à minoria tâmil nos acampamentos para refugiados de guerra. O LTTE luta deste 1983 por um território independente para a minoria tâmil, marginalizada pelos governos de maioria cingalesa.

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