Jimmy Morales disputa pela primeira vez um cargo eletivo.| Foto: Jorge Dan Lopez/Reuters

Um ex-humorista da televisão caminha para uma disputa de segundo turno contra um empresário ou uma ex-primeira-dama nas eleições presidenciais da Guatemala, dias depois que o presidente do país renunciou ao cargo em meio a um escândalo de corrupção.

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Com mais de 96% das urnas apuradas, o comediante Jimmy Morales, que nunca havia disputado um cargo eletivo, liderava com 24% dos votos a eleição realizada no domingo (6). O empresário Manuel Baldizon e a ex-primeira-dama Sandra Torres estavam empatados, cada um com cerca de 19,4% dos votos. Baldizon supera Torres por menos de 800 votos entre os mais de 5 milhões de eleitores no total.

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Os dois candidatos com mais votos vão avançar para o segundo turno, a ser realizado no dia 25 de outubro.

Para o analista Christians Castillo, a performance surpreendente de Morales é um sinal de descontentamento dos eleitores, um voto de “punição” contra os candidatos tradicionais. Autoridades estimam que 80% da população tenha comparecido às urnas.

Os candidatos na eleição de domingo enfrentaram um desafio desconfortável: tentar ganhar votos em uma nação na qual o ex-presidente Otto Perez Molina segue preso por acusações de corrupção, aguardando decisão sobre um julgamento.

A maioria dos candidatos era de figuras da velha guarda, escolhidos para a disputa antes de promotores, apoiados por um forte movimento de massa anticorrupção, derrubarem o governo de Perez Molina.

Uma questão chave nas eleições foi a quantidade de votos de protesto frente ao escândalo de corrupção, mas o número de votos em branco foi mínimo.

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