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Washington – O aquecimento global rachou as plataformas de gelo na Antártida, e o aumento do número de icebergs surgidos desse processo está alterando os sistemas ecológicos na região, revela estudo publicado ontem pela revista Science. A pesquisa foi realizada por cientistas da Instituição Scripps de Oceanografia e do Instituto de Pesquisas Monterey Bay Aquarium (MBARI).

Por meio de imagens proporcionadas pelos satélites, os cientistas contaram pelo menos mil icebergs, alguns deles de dezenas de quilômetros de diâmetro, em uma superfície de aproximadamente 12,5 mil quilômetros quadrados. Existem sobre esses icebergs grandes comunidades de aves marinhas que os sobrevoam, e um mundo de clorofila, fitoplâncton, peixes e krill (espécie de pequeno camarão), aponta o estudo.

Os icebergs abrigam material "terrestre" que vão soltando no mar à medida que se derretem como resultado do aumento da temperatura marítima ao se aproximarem de regiões mais quentes. Um resultado do processo é um aumento de quase 40% no que os cientistas classificam como "produtividade biológica" na região do Mar de Weddell, um braço do Oceano Atlântico que entra no continente antártico ao sudeste do Cabo de Hornos.

Segundo Ken Smith, oceanógrafo do Instituto de Pesquisas Monterey Bay Aquarium, um resultado desta maior "produtividade" biológica é que os icebergs podem absorver uma grande quantidade de dióxido de carbono (C02), principal gás causador do aquecimento global.

"Ao mesmo tempo em que o derretimento das calotas polares na Antártida contribuem para elevar o nível do mar e desencadear outras tantas mudanças climáticas, a função de remover dióxido de carbono da atmosfera pode ter implicações para o clima que ainda precisam ser estudadas", explicou Smith.

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