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O chefe da Igreja Católica na Austrália culpou a cultura do silêncio nesta segunda-feira (27) pelo ocultamento dos casos de abuso sexual de menores por parte do clero, mas acrescentou que o número de evidências caiu significativamente desde que a Igreja começou a tomar medidas mais fortes.

O cardeal George Pell, um assessor do papa Francisco sobre as reformas do Vaticano, lamentou em uma audiência parlamentar que a igreja tenha sido lenta para enfrentar o sofrimento das vítimas e reiterou seu pedido de desculpas, embora tenha negado participação no ocultamento dos casos.

"Eu sou totalmente defensor, e sinto muito", disse Pell, que foi interrogado por mais de quatro horas.

Pell afirmou que o número de denúncias de abusos por membros do clero atingiu o pico na década de 1970 e 80, mas caiu quando a igreja mudou sua abordagem.

"A evidência de mau comportamento, crimes, foi significativamente reduzida. Espero que o pior tenha ficado para trás", disse o cardeal, acrescentando que 300 pessoas em Victoria receberam compensações por abuso.

A Igreja Católica confirmou em setembro do ano passado a existência de 620 casos de abuso sexual contra menores, incluindo crianças de 7 e 8 anos, cometidos na Austrália por padres desde 1930. A maioria dos abusos foram realizados entre 1960 e 1980, enquanto 13 dos abusos ocorreram depois de 1990, de acordo com a igreja.

Durante as sessões anteriores, várias vítimas que sofreram violações por padres compartilharam suas experiências traumáticas ante o comitê de investigação.

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