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Ondas quebram em uma parte demolida de um pier em no final da avenida Pacific, norte de Nova York | Reuters/Tom Mihalek
Ondas quebram em uma parte demolida de um pier em no final da avenida Pacific, norte de Nova York| Foto: Reuters/Tom Mihalek

O efeito da tempestade "Sandy" na economia dos Estados Unidos poderia passar de US$ 20 bilhões em produção perdida, danos à infraestrutura e prejuízos pessoais, calcularam especialistas nesta terça-feira (30). "Os cortes de energia elétrica são muitos, mas menores do que se esperava", disse à Agência Efe Jan Vermeren, da empresa Kinetic Analysys, de Silver Spring (Maryland), que avalia riscos por desastres.

"O maior prejuízo estará no sistema subterrâneo de Nova York e até que os técnicos vão ao local e analisem as instalações, as redes elétricas, não teremos um cálculo aproximado", acrescentou. Vermeren destacou que a maior parte dos danos terá um impacto de curto prazo, no entanto muitos serão compensados com o aumento na construção e o conserto de instalações.

O impacto de "Sandy" afetou temporariamente a produção nas refinarias da região de Nova Jersey, mas ao mesmo tempo a suspensão de atividades governamentais e comerciais cortou substancialmente a demanda de combustíveis, pelo que Vermeren acredita que "uma coisa compensará a outra e não veremos grandes altas dos preços".

Os fenômenos meteorológicos dessa magnitude causam transtorno, mas por outro lado, reconstrução, como lembrou em entrevista à TV o economista Mike Englund, da Action Economics em Boulder (Colorado).

"O transtorno pode durar uma semana e o efeito de reconstrução, as três ou quatro semanas seguintes", acrescentou. "Em termos líquidos o efeito de reconstrução excede o do transtorno, embora por pouco".

Por sua vez, a empresa californiana Eqecat, que também faz projeções de riscos de catástrofes, calculou que "Sandy" deixaria danos econômicos de cerca de US$ 20 bilhões. Desses entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões estariam cobertos por seguros.

A Bolsa de Nova York (NYSE) está preparando um plano de contingência para garantir a volta das operações amanhã após dois dias fechada pela passagem da tempestade, que não afetou suas instalações no sul de Manhattan.

O fechamento, que acontece pela primeira vez desde os atentados de 11 de setembro de 2001, também afetou a outra principal Bolsa de Valores de Nova York, o Nasdaq, onde operam algumas das maiores empresas tecnológicas do mundo, como Apple, Google e Facebook.

Em um primeiro momento, a NYSE havia previsto fechar na segunda-feira as operações físicas, mas manter as eletrônicas graças a seus planos de contingência, mas no fim decidiu, com os outros mercados de valores e bônus de Nova York, evitar riscos e fechar completamente as negociações.

A amplitude da tempestade de origem tropical, que se somou desde ontem a outra de origem polar no centro dos Estados Unidos, estendeu o efeito da ventania, das chuvas intensas e das ressacas da Nova Inglaterra e da Carolina do Sul, no litoral, até Michigan e Tennessee no Meio Oeste, um área onde vivem mais de 100 milhões de pessoas.

Os serviços de transporte público foram suspensos em metrópoles como Nova York e Washington, e em trechos como o "corredor do Leste" que compreende as estradas e ferrovias do norte da Virgínia até Boston.

Desde a manhã de hoje, 8 milhões de casas estão sem fornecimento de energia, segundo o Departamento de Energia, nos estados de Connecticut, Delaware, Maryland, Massachusetts, New Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Pensilvânia, Rhode Island e Virgínia.

As companhias aéreas suspenderam desde domingo mais de 14 mil voos com partida e chegada na região atingida pela tempestade "Sandy" e boa parte da atividade do governo federal, dos governos de pelo menos 13 estados e de centenas de governos municipais foi paralisada.

O comércio fechou em milhares de shoppings e o turismo e a visitação a teatros, restaurantes e cassinos caiu notavelmente.

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