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Central nuclear de  Zaporizhzhia, ao sul da Ucrânia, foi tomada pelos russos em março.
Central nuclear de Zaporizhzhia, ao sul da Ucrânia, foi tomada pelos russos em março.| Foto: EFE/EPA

Um incêndio provocou nesta quinta-feira (25) a desconexão da última linha que ligava a usina nuclear de Zaporizhzhia ao sistema elétrico da Ucrânia, de acordo com um comunicado da empresa estatal de energia Energoatom.

Outras três linhas já haviam sido danificadas por ações que a empresa descreveu como "ataques terroristas".

"As ações dos invasores levaram a uma completa desconexão da ZNPP (usina de Zaporizhzhia) da rede elétrica, a primeira na história da usina", diz a nota oficial.

A central nuclear é palco de ações militares por cuja autoria tanto Rússia como Ucrânia se culpam mutuamente. A situação levantou graves preocupações sobre o perigo de que confrontos levem a um incidente atômico com consequências imprevisíveis.

O comunicado da Energoatom foi divulgado logo após o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmar em Paris que existe um princípio de acordo com Ucrânia e Rússia para que a entidade realize uma inspeção no local "nos próximos dias".

O Exército russo controla a usina - a maior desse tipo na Europa - desde março, mas os operadores ucranianos continuam a trabalhar nela em meio a bombardeios.

Grossi espera liderar a missão, que envolverá uma série de especialistas técnicos para fazer reparos, restaurar os sistemas de transmissão que foram danificados e garantir uma presença contínua da agência para ajudar a estabilizar a usina onde, de acordo com ele, os riscos de uma tragédia "são reais".

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