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Washington - A juíza indicada para a Suprema Corte dos Estados Unidos, Sonia Sotomayor, se negou repetidamente ontem a dizer quais são suas opiniões sobre o aborto. No terceiro dia de sabatina no Comitê de Justiça do Senado, ela sustentou que não foi questionada pelo presidente Barack Obama sobre sua visão do assunto antes de ser nomeada.

"Eu não posso responder (sobre aborto), pois não posso analisar o caso de um jeito abstrato", disse Sotomayor a senadores, que lhe faziam perguntas sobre casos hipotéticos.

Ela afirmou que mesmo que soubesse mais detalhes sobre os casos, "provavelmente não poderia opinar porque eu tenho certeza que a situação vai surgir em julgamento".

A estratégia da juíza reflete uma preocupação comum entre os indicados para a Suprema Corte em opinar sobre assuntos sobre os quais em breve terão de dar pareceres legais. Também revela que Sotomayor e membros da administração Obama preferem não dar munição para os críticos.

Ela também evitou responder diretamente a questões sobre precedentes legais usados para permitir o aborto. Em outros assunto polêmicos – como direito do cidadão de portar armas –, Sotomayor respondeu de forma evasiva. A questão do aborto costuma ser o centro das atenções nas sabatinas de confirmação dos juízes para a Suprema Corte.

Os militantes dos direitos da interrupção da gravidez querem garantias de que a prática continuará a ser legal no país e os que se opõem esperam reverter a posição.

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