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Na edição do 20º aniversário do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira (4), foi utilizada uma nova metodologia, além de dados que não estavam disponíveis na maioria dos países em 1990 para educação, saúde e renda. Com a mudança, o IDH de 2010 não pode ser comparado ao IDH de anos anteriores, que utilizavam uma metodologia diferente.

Segundo o economista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Flavio Comim, foram introduzidos "novos indicadores para educação e renda, combinados com uma maneira melhor de cálculo, que mostra a importância de cada dimensão para o cálculo do IDH". Com a nova metodologia, mais exigente, 14 países foram excluídos do IDH 2010 devido à falta de dados internacionalmente compilados e verificados.

Uma das mudanças, por exemplo, está no cálculo da renda. O Rendimento Nacional Bruto per capita substituiu o Produto Interno Bruto per capita, para incluir o rendimento de remessas externas e do apoio internacional ao desenvolvimento.

Na educação, os anos de escolaridade esperados para as crianças em idade escolar substituem as matrículas brutas, e a média de anos de escolaridade da população adulta substitui as taxas de alfabetização de adultos, para proporcionar uma imagem mais completa dos níveis de educação. A esperança de vida permanece como o principal indicador para a saúde.

No antigo IDH, os países eram classificados no intervalo de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido o país. Quanto mais próximo de zero, menos desenvolvido. Com a nova metodologia, a classificação dos países é baseada nas categorias "muito alto", "alto", "médio" e "baixo".

Agora, dividiu-se o ranking de 169 países em quatro partes – os de desenvolvimento humano muito alto são a parcela de 25% que está no topo da tabela; os de alto desenvolvimento são os 25% seguintes; os de médio, outros 25%; e os de baixo desenvolvimento, os 25% últimos.

O relatório 2010 também inclui três novos índices: o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade (IDH-D), o Índice de Desigualdade e Gênero (IDG) e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM).

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