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Nota de dólar. Imagem ilustrativa.
Nota de dólar. Imagem ilustrativa.| Foto: TBIT/Pixabay

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram nos níveis mais altos desde 2008 no mês passado – mais uma vez. O aumento de preços está se tornando parte do "novo normal"?

Estamos agora no dia 500 e alguma coisa de "15 dias para desacelerar a propagação" e no quarto mês da alta supostamente "temporária" dos preços ao consumidor. Mas a natureza “temporária” desse pico está se tornando cada vez mais duvidosa.

De fato, dados recém-divulgados confirmam que, assim como a pandemia de aumento de poder de políticos, a inflação de preços pela intromissão do governo está se tornando endêmica também.

O Departamento do Trabalho acabou de divulgar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de julho, uma ferramenta imperfeita, mas ainda útil, que mede as variações de preços em um pacote de bens de consumo típicos. Ele mostra que os preços aumentaram 0,5% de junho a julho, que, se analisado ao longo de um ano, totaliza uma taxa de inflação de 5,4%.

Alguns bens tiveram aumentos de preços particularmente agudos em julho, como energia, alimentos, habitação, carros usados ​​e outros bens essenciais.

Ao todo, a alta taxa de inflação dos preços ao consumidor americano no mês passado coincide com os ganhos de preços de junho e empata o recorde para o maior pico em 12 meses registrado desde 2008.

É claro que os números da inflação e a discussão sobre o aumento dos preços muitas vezes podem soar distantes e acadêmicos. Mas esse fenômeno afeta as vidas das pessoas.

A inflação de preços corrói a riqueza real e o poder de compra do povo, essencialmente deixando-o mais pobres, pois o dinheiro já não compra tanto quanto antes. Altos níveis de inflação de preços também significam que os ganhos salariais são anulados.

“As pessoas não atribuem valor ao número de seu contracheque em si mesmo”, explica Peter Jacobsen, da FEE, um economista, “o que interessa às pessoas é o que seu contracheque lhes compra. Este conceito é chamado de salário real.”

Quando os salários aumentam, mas os preços sobem ainda mais, “quem pensa que o trabalhador ficou em melhor situação sofre com a ilusão do dinheiro”, continua ele. “Ele está confundindo moeda com bem-estar.”

Portanto, todos, mesmo aqueles que viram aumentos salariais no ano passado, devem se preocupar com o aumento dos preços dos produtos básicos. Mas também não devemos esquecer que, em última análise, esses níveis de inflação de preços ao consumidor são, em parte, impulsionados por políticas governamentais.

Como Jacobsen explicou detalhadamente, o Federal Reserve [o Banco Central americano] tentou "estimular" a economia criando trilhões de novos dólares do nada. Ao fazer isso, inevitavelmente contribuiu para o aumento de preços, pois havia mais dinheiro para a mesma quantidade de bens. Portanto, pelo menos em parte, os problemas de inflação atuais dos Estados Unidos podem ser creditados ao pessoal de Washington, DC.

Infelizmente, a tendência prejudicial de alta dos preços ao consumidor provavelmente continuará até que os políticos e burocratas finalmente admitam que essa abordagem política estava errada.

E não pense que isso vai acontecer tão logo.

Brad Polumbo é um jornalista libertário-conservador e correspondente político na Foundation for Economic Education.

©2021 FEE. Publicado com permissão. Original em inglês.
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