Presidente dos EUA, Joe Biden| Foto: EFE/EPA/SAMUEL CORUM
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Um ex-informante do FBI foi indiciado nesta quinta-feira (15) por fazer declarações falsas sobre o envolvimento do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e de seu filho Hunter Biden, com a empresa de energia ucraniana Burisma.

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Segundo a acusação, Alexander Smirnov teria inventado uma história sobre subornos milionários pagos pela Burisma aos Biden em troca de proteção política.

Smirnov, de 43 anos, é acusado neste momento de prestar declarações falsas e de criar um registro falso para declarações que fez ao FBI em 2020, quando Biden ainda era candidato presidencial.

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Na época, ele afirmou que, em 2015 ou 2016, se reuniu com executivos da Burisma que admitiram ter contratado Hunter Biden para "nos proteger, através de seu pai, de todos os tipos de problemas". Ele também disse que a empresa pagou US$ 5 milhões tanto para Joe quanto para Hunter Biden enquanto Joe Biden ainda era vice-presidente. Conforme Smirnov, isso serviria para que Hunter “cuidasse de todas essas questões através de seu pai”, referindo-se a uma investigação criminal conduzida pelo então procurador-geral ucraniano sobre a Burisma.

A acusação, apresentada pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça David Weiss, afirma que Smirnov mentiu sobre esses fatos e que, na verdade, ele só foi ter seu primeiro contato com a Burisma em 2017, após o fim do governo Obama-Biden (2009-2017) e depois da demissão do procurador-geral ucraniano em fevereiro de 2016.

A acusação também alega que Smirnov expressou "preconceito" contra Biden e sua candidatura presidencial e que, em setembro de 2023, ele mudou sua história e inventou uma nova narrativa falsa sobre ter se encontrado com autoridades russas.

O conselheiro especial Wiess também foi o responsável por indiciar Hunter Biden por porte ilegal de arma de fogo e sonegação de impostos.

Smirnov foi preso no aeroporto de Las Vegas nesta quinta-feira, depois de chegar do exterior aos Estados Unidos. Ele compareceu ao tribunal federal em Nevada na mesma tarde. Se for condenado, ele poderá pegar no máximo 25 anos de prisão.

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As acusações contra Smirnov podem complicar as alegações dos republicanos da Câmara dos EUA, que estão conduzindo um inquérito de impeachment contra Biden, que neste momento investiga justamente nos negócios de sua família no exterior. Os republicanos usaram o documento do FBI que continha as falsas declarações de Smirnov como parte de sua investigação sobre o presidente.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]